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Paraplegia aguda por angiolipoma espinal. Relato de caso e revisão da literatura

O angiolipoma espinhal é um tumor benigno incomum. Há 142 casos notificados, com apenas um de paraplegia aguda. Descrevemos o caso de um paciente de 39 anos com paraplegia aguda decorrente de angiolipoma espinal em T4-T5 com resolução cirúrgica três semanas após o início da síndrome neurológica. A recuperação neurológica pós-operatória foi completa. O angiolipoma consiste em células adiposas maduras e vasos sanguíneos anormais. Existem dois tipos: os não infiltrantes e os infiltrantes. Seu curso clínico é lento e progressivo, e pode ser acelerado por fenômenos vasculares, abcessos intratumorais e gravidez. Há somente um relato de hemorragia intratumoral espontânea e paraplegia aguda, coincidindo com o nosso caso. Não há consenso quanto ao tratamento, sugerindo-se a liberação e ressecção completa por ser uma doença de bom prognóstico. O angiolipoma espinal epidural é um tumor benigno incomum e o tratamento dessa patologia continua a ser a liberação e ressecção do tumor, que apresenta prognóstico favorável, apesar da demora da cirurgia, como no caso relatado. A hemorragia intratumoral deve ser considerada como causa da síndrome de compressão espinal aguda, como ocorreu com nosso paciente.

Angiolipoma; Compressão da medula espinal; Neoplasias da medula espinal; Paraplegia


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