RESUMO
Objetivo:
Analisar a degeneração do disco adjacente após artrodese devido a fraturas toracolombares.
Métodos:
Oitenta e três pacientes, submetidos à artrodese posterolateral em níveis toracolombares, tiveram suas radiografias analisadas em relação à degeneração dos discos adjacentes à artrodese. Os espaços dos discos foram classificados pela escala de UCLA.
Resultados:
Dos 83 pacientes avaliados, 66 eram do sexo masculino (79%) e 18 do sexo feminino (21%), com média de idade de 35,5 anos. O período de seguimento médio foi de 40 meses. Quanto às fraturas, 75% situavam-se entre T12 e L2 (p < 0,001), sendo do tipo A3 em 65% dos casos (p < 0,001). O mecanismo de trauma mais comum, responsável por 50% dos casos (p < 0,001), foi a queda de altura. Apenas 6% dos discos superiores e 12% dos discos inferiores mostraram algum grau de degeneração. Nenhum paciente foi submetido a nova abordagem cirúrgica.
Conclusão:
A incidência da degeneração do disco adjacente em pacientes após artrodese de coluna decorrente de fraturas variou de 6% a 12% com seguimento médio de 40 meses.
Descritores:
Fraturas da coluna vertebral; Fusão vertebral; Região lombossacral; Vértebras torácicas; Degeneração do disco intervertebral; Radiografia.