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EFEITO DA CIRURGIA CORRETIVA DE ESCOLIOSE SOBRE O EIXO LORDÓTICO CERVICAL

RESUMO

Objetivo:

Quantificar as alterações do alinhamento sagital cervical de pacientes com escoliose idiopática do adolescente (EIA) que foram submetidos ao tratamento cirúrgico.

Métodos:

Estudo retrospectivo, de análise de dados radiográficos. Foram levantados dados de 25 radiografias de pacientes com EIA, e 18 casos foram incluídos. A média de idade foi 15,2 anos (13 a 17 anos), todos os indivíduos eram do sexo feminino, operados no período de março 2010 a outubro de 2015. No pré e pós-operatório, foram medidas lordose cervical (C2-C7), cifose torácica (T5-T12) e lordose lombar (L1-S1). Nas incidências anteroposteriores foram analisadas as curvas escolióticas, medidas segundo o método de Cobb e classificadas segundo a classificação de Lenke.

Resultados:

Dezoito pacientes adolescentes foram avaliadas com seguimento médio de 31,3 meses. Notou-se correlação negativa (-0,613) entre a variação da lordose cervical pós e pré-cirúrgica, ou seja, as angulações maiores obtiveram, em média, maiores reduções. Dessa forma, a correlação torna-se positiva quando comparada ao pós-operatório (0,579).

Conclusão:

Concluímos que a correção da escoliose idiopática do adolescente não trouxe mudanças estatisticamente significativas na coluna cervical, no que concerne a valores angulares. As curvas lordóticas cervicais de maior valor angular demonstraram maior variação no pós-operatório, resultando em melhor equilíbrio biomecânico.

Descritores:
Escoliose; Cifose; Coluna vertebral

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