Resumo
O artigo investiga o cotidiano escolar das “creanças problemas” analisadas por Arthur Ramos enquanto diretor do Serviço de Ortofrenia e Higiene Mental (SOHM) do Rio de Janeiro, privilegiando-se o estudo das fichas do Serviço e o arquivo pessoal do médico. Buscou-se examinar as práticas escolares sob a perspectiva dos “pátios de recreios”, aproximando-se de um grupo de crianças que se autointitulavam “chefes de disciplina”, no sentido de, a partir de suas histórias, lidar com a indisciplina enquanto objeto de atuação dos serviços escolares, em específico, o SOHM. Observou-se que a inventividade infantil, por vezes, subverteu as relações estabelecidas entre adultos e crianças, fosse nos espaços escolar, público (como a rua) ou privado (como a casa).
ARTHUR RAMOS; CULTURA ESCOLAR; RIO DE JANEIRO; INDISCIPLINA; RELAÇÃO CRIANÇA-ADULTO