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EDITORIAL

EDITORIAL

Cara leitora, caro leitor,

Os modos de regulação dos sistemas escolares têm sido profundamente afetados nas últimas décadas em decorrência dos processos de globalização no âmbito da economia e da cultura. No Tema em Destaque deste número, dois grandes pesquisadores da área, Stephen Ball e Agnès van Zanten, cada um à sua maneira, procuram examinar as características que assumem algumas dessas novas formas culturais de regulação, objetivando melhor compreender seus impactos sobre professores e alunos.

E mais: amplo leque de temas é tratado neste número.

Bernardete Gatti discute os embates referentes à produção do conhecimento e sua disseminação em contextos caracterizados como modernos e pós-modernos, pontuando questões ligadas aos saberes e à pesquisa em educação.

A análise feita por Flávia Obino Corrêa Werle, sobre as práticas educativas desenvolvidas em escolas femininas no início do século XX no Rio Grande do Sul, evidencia a reformulação pela qual passaram os cursos de formação de professores no período.

Maria Augusta Salin Gonçalves e sua equipe de pesquisa, na universidade da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, buscam mostrar, com o fito de minimizar a violência na escola, as possibilidades e limites de uma experiência de formação continuada de professores do ensino fundamental em uma escola de periferia.

Situar as políticas que introduziram os ciclos como modalidade não seriada de organização da escola no contexto da educação brasileira é o propósito de Elba Siqueira de Sá Barretto e Sandra Zákia Sousa. Em vista da multiplicação dos estudos sobre o tema, as autoras apóiam-se em ampla revisão dos trabalhos acadêmicos para discutir questões relativas ao próprio conceito de ciclo, sua implementação e resultados e impacto.

Elizabeth Tunes, Maria Carmen Tacca e Roberto dos Santos Bartholo Júnior abordam, da perspectiva vigotskiana, a identificação da ação docente com seu papel mediador na produção de novos sentidos e significados para o aluno.

Embora não se proponha a fazer um paralelo com o financiamento da educação básica no Brasil, a pesquisa de José Marcelino de Resende Pinto, acerca das principais características do financiamento do ensino no estado da Califórnia, Estados Unidos, pode inspirar uma agenda de estudos sobre o assunto.

Claudia Fernandes Volpato e Suely Amaral Mello elucidam as condições de trabalho e formação dos educadores de oito creches municipais de uma cidade do interior paulista e, a partir dos resultados obtidos na pesquisa, esboçam sugestões que podem subsidiar proposta de formação inicial e continuada desses profissionais.

Finalmente Zaia Brandão, Diana Mandelert e Lucília de Paula apresentam resultados preliminares de investigação levada a cabo pelo Grupo de Pesquisas em Sociologia da Educação da Universidade Católica do Rio de Janeiro, sobre as características dos alunos que freqüentam duas escolas privadas, com vistas à análise dos fatores institucionais e familiares que interferem no processo de escolarização desses jovens.

Bom proveito das leituras!

As Editoras

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Mar 2006
  • Data do Fascículo
    Dez 2005
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