O artigo problematiza o argumento de que o produtivismo acadêmico seria a causa primordial dos males que afetam a produção da pesquisa. Considera-se que a expressão se relaciona diretamente à política de avaliação da pesquisa que valoriza apenas a quantificação de produtos, atentando-se aos cuidados para evitar o seu emprego de forma genérica e imprecisa. Em seguida, trata-se da prática da publicação em periódicos. Na história da imprensa e na história da ciência prevalecem os interesses econômicos e a hegemonia das editoras acadêmicas comerciais, o que interfere na definição de políticas de publicação e de avaliação, bem como no aumento dos custos de produção e na autonomia dos periódicos. Finalmente, enfoca-se a qualidade das pesquisas, identificando questões históricas, interesses de grupos e problemas nos processos de avaliação no interior dos programas de pós-graduação.
Pesquisa Científica; Pós-Graduação; Avaliação; Periódicos