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Corpos brutalizados: conflitos e materializações nas mortes de LGBT* * Uma versão deste trabalho foi apresentada junto ao Simpósio “Sexualidade e gênero: espaço, corporalidades e relações de poder”, coordenado por Isadora Lins França e Nádia Meinerz durante o 37º Encontro Anual da ANPOCS, realizado em Águas de Lindóia, SP, de 23 a 27 de setembro de 2013. Agradeço a Isadora e Nádia pelos comentários e debates. Agradeço, ainda, a Regina Facchini, pela cuidadosa orientação da pesquisa doutoral que possibilita este texto, e a Sérgio Carrara, por sua minuciosa avaliação.

Brutalized Bodies: Conflicts and Materializations in LGBT Deaths

Resumo

Este trabalho objetiva compreender os conflitos e materializações constituintes das mortes de LGBT reivindicadas, pelo Movimento, como crimes de ódio. Para isso, vale-se do acompanhamento das atividades do Movimento LGBT na Paraíba, de entrevistas com seus militantes e da análise de documentos, inquéritos e autos de processos judiciais. A pesquisa parte de três tematizações centrais: a) a de que o recurso discursivo à brutalidade atua na compleição identitária do próprio Movimento, ao perfazer suas estratégias e pautas políticas; b) a de que as imagens de brutalidade acionadas pelo Movimento performatizam os corpos das vítimas e auxiliam no forjamento desses corpos como vitimados, em especial, pela homofobia; e c) a de que os conflitos entre o Movimento e setores do Estado manipulam as materialidades dos crimes e, consequentemente, as materialidades dos corpos.

Violência; Gênero; Sexualidade

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