Espero mostrar aqui como a noção de cultura que se transmutou em "simbólico" para os psicanalistas lacanianos é muito diferente da noção de cultura corrente nos estudos culturais contemporâneos, de tal modo que esses dois esforços são frequentemente vistos como inapelavelmente opostos. Também pretendo argumentar que qualquer pretensão a estabelecer as regras que "regulam o desejo" em forma de leis inalteráveis e eternas tem um uso limitado para uma teoria que procura compreender as condições sob as quais a transformação social de gênero é possível.
Gênero; Cultura; Estudos Culturais; Psicanálise