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Com Perlongher percorrendo as territorialidades do Roma*

SILVA, Marcos Aurélio da. Se manque! Uma etnografia do carnaval num pedaço LGBT da ilha de Santa Catarina . Curitiba: Casa Mello Editora, 2021

No ano em que se completam os 30 anos da morte do antropólogo argentino Néstor Perlongher e os 35 anos da publicação de seu livro O negócio do michê: A prostituição viril (1987), somos brindados com a obra Se manque! Uma etnografia do carnaval num pedaço LGBT da Ilha de Santa Catarina , de autoria do antropólogo Marcos Aurélio da Silva.

O livro é resultado da dissertação de mestrado de Marcos, defendida no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina, sob orientação da antropóloga Sônia Weidner Maluf – que o prefacia em 2003 e tem como um dos suportes teóricos basilares o trabalho de Perlongher. Não por acaso, uma das categorias analíticas centrais ao longo da obra é territorialidade . De acordo com Marcos,

Alguns estudos que têm abordado a diversidade sexual, encontram na territorialidade a possibilidade de pensar os sujeitos não como ocupantes de papéis rígidos de uma estrutura social, mas na sua relação com o espaço, físico ou simbólico, pois é nesses espaços que a sociabilidade dessas pessoas se inscreve e dá significado ao corpo social ( Perlongher, 1987PERLONGHER, Néstor. O negócio do michê: A prostituição viril. São Paulo, Editora Brasiliense, 1987. apud Silva, 2021SILVA, Marcos Aurélio da. Se manque! Uma etnografia do carnaval num pedaço LGBT da ilha de Santa Catarina. Curitiba, Casa Mello Editora, 2021.: 46).

O trabalho dialoga com outras pesquisas realizadas no Brasil sobre o carnaval, como os clássicos Carnavais, Malandros e Heróis de Roberto Da Matta (1997)DA MATTA, Roberto. Carnavais, Malandros e Heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro. 6ª ed. Rio de Janeiro, Rocco, 1997. e Carnaval brasileiro: o vivido e o mito de Maria Isaura Pereira de Queiroz (1992)PEREIRA DE QUEIROZ, Maria Isaura. Carnaval brasileiro: o vivido e o mito. São Paulo, Brasiliense, 1992. , como também com aqueles preocupados com a interface entre carnaval e diversidade sexual, tais como o de João Silvério Trevisan (2000)TREVISAN, João Silvério. Devassos no paraíso. 4a ed. Rio de Janeiro, Record, 2000. e James Green (2000)GREEN, James. Além do Carnaval: a homossexualidade masculina no Brasil do século XX. São Paulo, Editora da UNESP, 2000. , e pesquisas mais recentes sobre sociabilidades LGBTs no contexto amazônico ( Oliveira, 2012OLIVEIRA, Esmael Alves de. A construção social da diferença: Pensando a homofobia a partir de boates GLS do centro da cidade de Manaus. EDUCAmazônia: Educação, Sociedade e Meio Ambiente, Humaitá, v. VIII, 2012, pp.26-38. ; Gontijo, Erick, 2017; Gontijo, 2017GONTIJO, Fabiano Souza. As experiências da diversidade sexual e de gênero no interior da Amazônia: apontamentos para estudos nas ciências sociais. Ciência e Cultura, São Paulo, v. 69, 2017, pp.50-53 [http://dx.doi.org/10.21800/2317-66602017000100017 – acesso em: 04 jul. 2022].
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; Gontijo, Erick, 2016; Rosa, Gontijo, 2020). Embora Se Manque! esteja localizado no bojo desses debates, é preciso reconhecer suas contribuições e particularidades na compreensão das manifestações sociais contemporâneas, sobretudo se considerarmos que o processo de transformação social e política ocorridas a partir dos anos 2000 – que enredaram o carnaval do Roma – esteve na esteira dos avanços democráticos ocorridos ao longo das décadas de 1980/1990 como resultado da mobilização de toda uma geração de ativistas, políticos, artistas, intelectuais etc (Wiik; Oliveira; Duque, 2022).

Assim, ao longo dos três capítulos que compõem a obra, Marcos nos convida a percorrer antropologicamente as ruas centrais do centro de Florianópolis acompanhando o “fervo” do tradicional carnaval de rua do Roma, bem como os circuitos que se dão em seu entorno. Iniciado na década de 1970, tendo como apogeu os anos 1990 e declínio os anos 2000, o Roma constituiu-se como um importante espaço de sociabilidade LGBT na ilha de Florianópolis. Com sua territorialidade irreverente, aberta a uma diversidade de foliões e com uma presença marcante de “sujeitos que, em sua maioria, viviam fortes contextos de abjeção” ( Silva, 2021SILVA, Marcos Aurélio da. Se manque! Uma etnografia do carnaval num pedaço LGBT da ilha de Santa Catarina. Curitiba, Casa Mello Editora, 2021.: 17), o Roma abriu alas ao que posteriormente viria a se constituir como mercado GLS1 1 É importante destacar, como aponta o próprio autor no interior da obra, que a sigla GLS é datada e corresponde a um período que antecede os debates protagonizados pelo movimento social em torno da sigla GLBT – Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (posteriormente, como resultado da reivindicação das mulheres lésbicas, tornado LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). (Gays, Lésbicas e Simpatizantes) na Ilha de Florianópolis ao longo das décadas seguintes – algo que também ocorreu em outras cidades do Brasil.

Mas compreender o Roma apenas como precursor de um “mercado GLS” seria desconsiderar sua importância como “lugar de fala, que permitia uma posição de sujeito” ( Silva, 2021SILVA, Marcos Aurélio da. Se manque! Uma etnografia do carnaval num pedaço LGBT da ilha de Santa Catarina. Curitiba, Casa Mello Editora, 2021.: 18). Nesse sentido, o trabalho de Marcos soma-se a outras etnografias produzidas sobre o “mercado GLS” que apontam que, apesar do processo de monetarização dos espaços de sociabilidade LGBT, essas territorialidades foram fundamentais tanto para a produção de um sentimento de pertencimento quanto como estratégia de afirmação e visibilidade ( França, 2006FRANÇA, Isabela Lins. Cercas e Pontes: O movimento GLBT e o mercado GLS na cidadede São Paulo. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social), Universidade de São Paulo (USP), 2006. ; Henning, 2008HENNING, Carlos Eduardo. As diferenças na diferença: hierarquia e interseções de geração, gênero, classe, raça e corporalidade em bares e boates GLS de Florianópolis/SC. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), 2008. ; Oliveira, 2012OLIVEIRA, Esmael Alves de. A construção social da diferença: Pensando a homofobia a partir de boates GLS do centro da cidade de Manaus. EDUCAmazônia: Educação, Sociedade e Meio Ambiente, Humaitá, v. VIII, 2012, pp.26-38. ; Santana, 2021SANTANA, Winny Gabriela Pereira de. Gerações drag queens em Campo Grande: entre espaços, memórias, disputas e (re)afirmações. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social), Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), 2021. ).

Ao seguirmos o folião-jornalista-antropólogo, por meio dos processos de territorialização e desterritorialização, de desterritorialização e reterritorialização do carnaval do Roma, acessamos espaços, histórias, trajetórias, narrativas, memórias de quem, procurando a folia, encontra e afirma a carnavalização da diferença. Tal fluidez, longe de indicar a ausência de conflitos e assimetrias, tal como reconhece o próprio autor ( Silva, 2021SILVA, Marcos Aurélio da. Se manque! Uma etnografia do carnaval num pedaço LGBT da ilha de Santa Catarina. Curitiba, Casa Mello Editora, 2021. ), é atravessada por dinâmicos processos de negociação. É assim que, por entre foliões/ãs, curiosos/as, entendidos/as, assumidos/as, discretos/as, barbies, travestis, drag-queens, bares, praia, shopping, trios elétricos, boates, o Roma constituía-se como verdadeiro tensor libidinal ( Perlongher, 1987PERLONGHER, Néstor. O negócio do michê: A prostituição viril. São Paulo, Editora Brasiliense, 1987. ) à medida que articulava e interseccionava em seu interior e entorno marcadores como classe, idade, orientação sexual, gênero e raça. Nesse sentido, Marcos nos apresenta uma localização bastante plural dos frequentadores de tal territorialidade: “Há moradores da cidade, alguns frequentadores assíduos do pedaço, outros nem tanto. Há uma grande quantidade de turistas, rostos desconhecidos dos que moram em Florianópolis e frequentam os pedaços durante o ano” ( Silva, 2021SILVA, Marcos Aurélio da. Se manque! Uma etnografia do carnaval num pedaço LGBT da ilha de Santa Catarina. Curitiba, Casa Mello Editora, 2021.: 93). Tal tensão, polissêmica e fluída, operando por meio espaços, performances, humor, corpos, desejos e prazeres, (d)enunciava criativamente a ambivalência e a potência da margem. Não por acaso nos diga o autor, “A principal característica do Roma está na configuração de um cenário, durante cinco dias, em que práticas geralmente restritas a ambientes fechados, como bares e boates, ocupam o espaço público” ( Silva, 2021SILVA, Marcos Aurélio da. Se manque! Uma etnografia do carnaval num pedaço LGBT da ilha de Santa Catarina. Curitiba, Casa Mello Editora, 2021.: 93).

Certamente que a riqueza da obra de Marcos está longe de se esgotar nas questões aqui apresentadas. Temas como performance, identidade, liminaridade, hierarquia, gentrificação, mercado, movimento social, dentre outros, também se fazem presentes. No entanto, penso que o diálogo estreito que o autor faz em torno da obra de Perlongher e de autores da área da antropologia urbana (p. e. Guilherme Cantor Magnani – a partir da categoria pedaço), dá-nos a oportunidade de perceber e pensar a potência política dos corpos em aliança que ocupam a arena pública ( Butler, 2018BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. Rio de Janeiro, Civilização brasileira, 2018. ) a partir da articulação entre corpo, desejo e espaço público. Assim, compreender a ocupação do espaço público pelas dissidências sexuais e de gênero por meio das derivas do Roma alude não apenas à “potência da errância” ( Perlongher, 1987PERLONGHER, Néstor. O negócio do michê: A prostituição viril. São Paulo, Editora Brasiliense, 1987.: 194), mas à própria percepção de que “há bons motivos para distinguir o potencial político em assembleias imprevisíveis” ( Butler, 2018BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. Rio de Janeiro, Civilização brasileira, 2018.: 7).

A etnografia de Marcos, realizada há quase 20 anos, permanece atual e ecoa em pesquisas atuais interessadas em compreender os dilemas e complexidades das formas contemporâneas de visibilidade e militância. Em pesquisa realizada em Campo Grande/ MS, a antropóloga Winny Santana (2021)SANTANA, Winny Gabriela Pereira de. Gerações drag queens em Campo Grande: entre espaços, memórias, disputas e (re)afirmações. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social), Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), 2021. percorre a Parada LGBT, boates, concursosdrag queen e concurso Miss Gay para compreender o modo como diferentes gerações de drags criam estratégias de visibilidade por meio da ocupação do espaço público. Ao percorrer os circuitos da arte drag queen campo-grandense, Winny permite a compreensão de uma sociabilidade dissidente em que se cruzam espaços, afetos, dramas, mercados, política, hierarquias, diferenciações, afirmações, pertencimentos, disputas, redes, alianças etc.

O trabalho de Winny, ao lançar luz sobre as sociabilidades LGBTs contemporâneas a partir da cena drag, traz uma potente atualização dos insights de Marcos nos inícios dos anos 2000: o histórico apagamento das minorias tem sido acompanhado por dinâmicas e criativas estratégias de mobilização e afirmação. Se, por um lado, tais estratégias não excluem discursos e práticas ambíguas e contraditórias, por outro, permitem pensar a possibilidade de um saber-resistência sobre a experiência e a partir da experiência ( Bondía, 2002BONDÍA, Jorge Larossa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, n. 19, 2002, pp.20-28. [https://www.scielo.br/j/rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?format=pdf⟨=pt – acesso em: 04 jul. 2022]
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).

Tanto o circuito do carnaval do Roma, “de” Marcos, quanto o circuito drag, “de” Winny, constituem-se como convites instigantes para a compreensão dos novos sentidos presentes nas políticas de sociabilidade. Ambos, enquanto territorialidades em devir, nômades e polissêmicas, permitem não apenas a proliferação de vozes e vivência dos/as “sujeitos da margem” ( Silva, 2021SILVA, Marcos Aurélio da. Se manque! Uma etnografia do carnaval num pedaço LGBT da ilha de Santa Catarina. Curitiba, Casa Mello Editora, 2021. ), mas sobretudo atualizam o “potencial anárquico e subversivo das sociabilidades LGBTs” ( Silva, 2021SILVA, Marcos Aurélio da. Se manque! Uma etnografia do carnaval num pedaço LGBT da ilha de Santa Catarina. Curitiba, Casa Mello Editora, 2021.: 165). Trata-se de um convite para o reconhecimento da multiplicidade do fazer política e das estratégias de luta por afirmação. Nesse enquadre, por meio do carnavalesco, “do camp ”, “da fechação”, “do bapho”, “do close”, “do fervo”, “os corpos são transformados em artefatos políticos” ( Gomes, 2017GOMES, Carla de Castro. Corpo e emoção no protesto feminista: a Marcha das Vadias do Rio de Janeiro. Sexualidad, Salud y Sociedad - Revista Latinoamericana, n. 25, 2017, pp.231-255 [https://doi.org/10.1590/1984-6487.sess.2017.25.12.a – acesso em: 04 jul. 2022].
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: 234) e o território dá “mostras de uma resistência” ( Silva, 2021SILVA, Marcos Aurélio da. Se manque! Uma etnografia do carnaval num pedaço LGBT da ilha de Santa Catarina. Curitiba, Casa Mello Editora, 2021.: 170). Afinal,

é quando corpos se unem como o fazem para expressar sua indignação [ e/ou sua “carnavalização” ] e para representar sua existência plural no espaço público, eles também estão fazendo exigências mais abrangentes: estão reivindicando reconhecimento e valorização, estão exercitando o direito de aparecer, de exercitar a liberdade, e estão reivindicando uma vida que possa ser vivida ( Butler, 2018BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. Rio de Janeiro, Civilização brasileira, 2018.: 33, acréscimos meus).

Antes de concluir, gostaria de chamar a atenção para dois pontos com relação ao trabalho de Perlongher – que inspira o trabalho de Marcos. Primeiro, embora o Negócio do Michê tenha ganhado bastante destaque, vindo a se constituir como a principal referência no campo de estudos sobre prostituição masculina no Brasil, é preciso dizer que não foi pioneiro no debate. Nesse sentido, vale resgatar a dissertação de mestrado defendida pela antropóloga Regina Maria Erdmann em 1981 no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Santa Catarina sob orientação de Gilberto Velho. De modo algum isso torna o trabalho de Perlongher menor, mas nos permite pensar o apagamento dos trabalhos acadêmicos sobre gênero e sexualidades produzidos fora dos eixos metropolitanos do sudeste ( Gontijo; Erick, 2015GONTIJO, Fabiano; ERICK, Igor. Diversidade sexual e de gênero, ruralidade, interioridade e etnicidade no Brasil: ausências, silenciamentos e... exortações. ACENO – Revista de Antropologia do Centro Oeste, Cuiabá, v. 2, n. 4, 2015, pp.24-40 [https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/aceno/article/view/3181 – acesso em: 04 jul. 2022].
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; Oliveira et al. , 2020). O que só endossa a importância do acesso ao público acadêmico a trabalhos realizados a partir de outras territorialidades Brasil afora – como o de Marcos. Nesse sentido, Se manque! , ao se voltar para um contexto sociocultural como o de Florianópolis – uma ilha do sul do Brasil, que se constitui como uma cidade de “pequeno/médio porte” situada fora do eixo metropolitano sudeste –, permite um importante deslocamento.

Segundo Marcos, ao resgatar e potencializar o uso da categoria analítica “territorialidade” a partir de um contexto etnográfico bem distinto daquele presente na obra O negócio do michê , dá mostras da contínua atualidade e potência das reflexões empreendidas por Perlongher ao longo de sua vida e que podem continuar a inspirar novas gerações de pesquisadores/as.

Por fim, é importante ressaltar que Se manque! , publicado em um contexto marcado pelo aumento da violência contra LGBTs e do recrudescimento das políticas neofascistas no Brasil e no Mundo, constitui-se como um instigante convite ao reconhecimento da importância política dos espaços de sociabilidade LGBT, bem como das “novas” formas-estratégias de ativismo político – que passam pelas manifestações de rua e pelos corpos em festa.

Referências bibliográficas

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    É importante destacar, como aponta o próprio autor no interior da obra, que a sigla GLS é datada e corresponde a um período que antecede os debates protagonizados pelo movimento social em torno da sigla GLBT – Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (posteriormente, como resultado da reivindicação das mulheres lésbicas, tornado LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    06 Jan 2023
  • Data do Fascículo
    Nov 2022

Histórico

  • Recebido
    18 Jul 2022
  • Aceito
    20 Out 2022
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