Resumo
Neste artigo tomo o trabalho do cuidado como domínio empírico a partir do qual construirei minha reflexão. Observando-o a partir da sua imersão em diversas situações – se exercido na casa ou fora dela, no quadro de uma relação compulsória ou profissional, gratuito ou remunerado –, procurarei reunir elementos para refletir numa dupla direção. Em primeiro lugar, arguirei que a atividade de “cuidado com/do outro” (“care”) é um rico domínio para revisitarmos debates recentes sobre o processo de mercantilização de um determinado bem ou serviço. Em segundo lugar, procurarei ilustrar como a controvérsia em torno do trabalho do cuidado, no sentido da sua contestação moral, pode ser relevante para os estudiosos dos mercados.
Cuidado; Mercantilização; Contestação moral