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Broncopneumonia por Streptococcus equi subsp. zooepidemicus em um equino com inalação de grimpa de Araucaria angustifolia

RESUMO:

Problemas respiratórios devido a corpos estranhos (CEs) traqueobrônquicos são incomuns em equinos, embora cavalos em pastagem possam eventualmente aspirar CEs, como galhos de Araucaria angustifolia. Um potro Crioulo, 1,5 anos, apresentou hemoptise, dispneia, inquietação e temperatura retal de 40,9 ºC. O hemograma revelou intensa neutropenia, monocitose, trombocitopenia e hipoproteinemia. O tratamento foi realizado, mas sem sucesso. Na cavidade torácica, foi observada grande quantidade de líquido avermelhado livre (hemotórax). Os pulmões estavam difusamente consolidados, predominantemente cranioventral e com discreta deposição de fibrina sobre a superfície pleural. O brônquio principal direito estava obliterado por um ramo de pinheiro de Araucaria angustifolia com 18 cm de comprimento. Microscopicamente, notou-se necrose de coagulação pulmonar difusa com hemorragia severa, infiltrado inflamatório neutrofílico marcado, numerosos agregados bacterianos cocoides e pleurite fibrinosa. Fragmentos de pulmão foram submetidos ao isolamento bacteriológico e abundante crescimento misto com predominância de Streptococcus equi subsp. zooepidemicus foi observado. A inalação de grimpas de pinheiro não é comumente relatada em equinos, mas deve ser incluída nos diagnósticos diferenciais de pneumonia e deve-se ter atenção ao introduzir cavalos no campo com a presença da planta.

Palavras-chave:
corpos estranhos; equinos; pneumonia bacteriana

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