RESUMO:
Dois experimentos foram conduzidos para avaliar os efeitos do tamanho de partícula da farinha de ostras (FO) e relação Ca:P total em dietas para frangos de corte. No primeiro experimento, 800 frangos (22 a 42 dias) foram distribuídos em um delineamento fatorial 2x2: 2 relações Ca:P (1,7 e 2,0:1) e dois tamanhos de partícula da FO (grossa = 1354 µm e fina = 428 µm), totalizando quatro tratamentos com 10 repetições de 20 aves. O consumo de ração, o ganho de peso e a conversão alimentar foram calculados. No segundo experimento, 1.280 frangos foram distribuídos em um fatorial 2x2x2 (relações Ca:P 1,7 e 2,0:1; FO grossa e fina; aves machos e fêmeas) com oito tratamentos e 16 repetições de 10 aves. Foram avaliados: metabolizabilidade aparente da matéria seca, Ca e P, energia metabolizável aparente (EMA), peso e resistência óssea, conteúdo de cinzas, Ca e P na tíbia. As variáveis de desempenho não foram afetadas (P > 0,05). O uso de FO grossa aumentou o conteúdo de Ca na tíbia de frangos machos (P < 0,001), e a relação Ca:P de 2,0:1 aumentou o conteúdo de cinzas e aprimorou resistência óssea em ambos os sexos (P < 0,001), porém reduziu P na tíbia dos machos (P < 0,05); frangos machos também tiveram ossos mais pesados e maior conteúdo de cinzas do que fêmeas (P < 0,05). A metabolizabilidade de Ca foi melhorada com FO grossa, enquanto a metabolizabilidade da matéria seca, P, e EMA não foram afetadas (P > 0,05). Conclui-se que as dietas com relação Ca:P de 2,0:1 e com FO grossa resultaram em melhor composição mineral óssea - particularmente em frangos machos - e a FO grossa melhorou a metabolizabilidade de Ca independentemente da relação Ca:P ou do gênero das aves.
Palavras-chave:
cálcio; farinha de ostras; fósforo; granulometria; mineralização óssea