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Potencial anestésico de diferentes óleos essenciais para duas espécies de camarões, Farfantepenaeus paulensis e Litopenaeus vannamei (Decapoda, Crustacea)

RESUMO:

O uso de anestésicos em procedimentos aquícolas pode garantir melhor bem-estar e sobrevivência dos animais durante o transporte e ciclo de produção. O presente estudo teve como objetivo avaliar a eficácia anestésica dos óleos essenciais (OEs) de Lippia alba (EOLA) e Ocimum gratissimum (EOOG) para o camarão rosa Farfantepenaeus paulensis, e Origanum majorana (EOO) e Cymbopogon citratus (EOC) para o camarão branco Litopenaeus vannamei. Os camarões foram expostos à: (i) 500, 750 ou 1000 µL L-1 EOLA e (ii) 50, 100, 150 ou 250 µL L-1 de EOOG para F. paulensis, e (iii) 150, 300 ou 500 µL L-1 EOC, e (iv) 400 ou 800 µL L-1 de EOO para L. vannamei. Os tempos de indução foram dependentes da concentração. Houve diminuição do tempo de indução, mas para EOLA esse padrão foi observado apenas na anestesia. Os tempos de indução para sedação e anestesia foram significativamente mais rápidos para os grupos EOC e EOO. A concentração de 250 µL L-1 de EOOG resultou em 30% de mortalidade. O tempo de recuperação foi significativamente maior a 800 µL L-1 de EOO em comparação aos outros OEs. No geral, a ação dos OEs foi significativamente diferente entre as duas espécies de camarões. Em conclusão, ambos os OEs anestesiaram efetivamente o F. paulensis e L. vannamei.

Palavras-chave:
anestesia; crustáceos; manejo; sedação; produtos naturais; bem-estar

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