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Suscetibilidade comparativa de Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera: Erebidae) e Chrysodeixis includens (Walker) (Lepidoptera: Noctuidae) a inseticidas

RESUMO:

Chrysodeixis includens (Walker) e Anticarsia gemmatalis Hübner são importantes desfolhadoras da cultura da soja. O controle químico de A. gemmatalis tem sido mais fácil e eficaz quando comparado a C. includens, sendo uma hipótese para isso a maior tolerância natural de C. includens aos inseticidas. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi quantificar e comparar a suscetibilidade de C. includens e A. gemmatalis aos inseticidas flubendiamida, metomil e espinetoram. Nos bioensaios foram utilizadas uma população suscetível de referência de cada espécie, mantidas em laboratório sem pressão de seleção por inseticidas a mais de 17 gerações. O método de bioensaio foi o de ingestão com aplicação de cinco a oito concentrações de cada inseticida na superfície da dieta artificial para estimativa da CL50 e CL99 (CL = Concentrações Letais). A razão de tolerância (RT) foi calculada pela divisão da CL50 ou CL99 da espécie mais tolerante pelo respectivo valor da espécie mais suscetível. Chrysodeixis includens foi mais tolerante aos inseticidas testados do que A. gemmatalis. A tolerância diferencial pode indicar o risco de evolução da resistência, nesse caso maior para C. includens a metomil e flubendiamida, porque apresentaram maiores valores de RT50 (45,9 e 10,0 vezes respectivamente) do que para espinetoram (RT50 2,6 vezes). Para evitar fracassos no controle é importante adotar as premissas do Manejo Integrado de Pragas (MIP) e do Manejo da Resistência de Insetos (MRI).

Palavras-chave:
Glycine max; controle químico; Manejo Integrado de Pragas; Manejo da Resistência de Insetos.

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