Os subprodutos de soja vêm sendo utilizados como fonte protéica na alimentação de vacas leiteiras no Rio Grande do Sul. Entretanto, a elevada degradabilidade ruminal desta fonte causa perda da qualidade intrínseca da proteína e leva a aumento da uréia plasmática, com conseqüências deletérias no metabolismo animal. O tratamento térmico do grão de soja pode superar essa limitação. Este trabalho teve como objetivo avaliar o metabolismo de vacas leiteiras alimentadas com grão de soja cru e tratado termicamente, mediante o perfil metabólico no plasma e no leite. Foram utilizadas doze vacas da raça Holandesa no terço médio da lactação, nas quais foram aplicados quatro tratamentos: concentrado protéico comercial, farelo de soja, grão de soja cru e grão de soja tostado. No leite, foram dosados os teores de proteína e uréia. Não foram detectadas diferenças significativas entre os tratamentos na concentração de glicose, beta-hidroxibutirato, cálcio, fósforo e magnésio. Houve maiores níveis de colesterol plasmático nos animais consumindo grão de soja cru e tratado com calor. As vacas consumindo soja tostada tiveram menor teor de uréia no plasma e no leite da ordenha da manhã, sugerindo que o tratamento com calor no grão de soja foi efetivo para diminuir a degradação protéica no rúmen. Recomenda-se usar amostras de leite coletadas pela manhã para avaliar o perfil metabólico.
perfil metabólico; vacas leiteiras; leite; proteína; soja tostada; uréia