A pesquisa teve por objetivo caracterizar respostas bioquímicas de genótipos de Coffea canephora (clones 02 and 153) e C. arabica (Catucaí IPR 102) submetidos a baixas temperaturas positivas, ajudando a elucidar os mecanismos envolvidos na tolerância ao frio. Plantas com um ano de idade foram submetidas sucessivamente a 1) decréscimo da temperatura (0,5°C por dia) desde 25/20°C até 13/8°C (período de aclimatização), 2) um ciclo de três dias a 13/4°C e 3) 14 dias de recuperação (25/20°C). Em Catucaí, genótipo menos sensível ao frio quando comparado com o clone 02, observou-se um aumento das atividades das enzimas malato desidrogenase e piruvate cinase, relacionadas com a respiração. Nesse genótipo, os níveis de açúcares solúveis sacarose, glucose, frutose, rafinose, arabinose e manitol (frequentemente envolvidos em processos de regulação osmótica e estabilização/proteção de membranas) aumentam significativamente durante a imposição de baixas temperaturas, mostrando ainda os valores absolutos mais elevados depois de exposição a 4°C. Portanto, a análise de enzimas respiratórias e do balanço de açúcares solúveis pode fornecer informação importante sobre mecanismos de aclimatização/tolerância ao frio, contribuindo para seleção e melhoramento de genótipos de Coffea sp.
cafeeiro; Coffea sp.; sacarose; enzima; estresse de frio
