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Resistência de cultivares brasileiras de trigo à brusone sob condições controladas

RESUMO:

O primeiro relato da brusone do trigo no mundo foi no Brasil, em 1986. Desde então, tem-se realizado um esforço muito grande com vistas ao desenvolvimento de cultivares de trigo resistentes a esta doença, a qual é causada pelo fungo Pyricularia oryzae Triticum (PoT). O objetivo deste trabalho foi de (i) avaliar a resistência de genótipos de trigo à brusone e (ii) verificar a correlação entre severidade da doença em espigas e taxa de esporulação de PoT em ráquis de espigas. Plantas de 40 cultivares brasileiras de trigo crescidas em vasos, no estádio de florescimento (estádio 65 da escala de Zadoks), foram submetidas à inoculação com uma suspensão de conídios de um isolado de PoT representativo da principal variante do fungo encontrada no Brasil. A severidade de brusone nas espigas aos cinco e sete dias após a inoculação (dai) e a taxa de esporulação do fungo nas ráquis (conídios por g de ráquis) foram avaliadas. Oitenta por cento das cultivares que foram classificadas no grupo com menor taxa de esporulação também foram classificadas no grupo de maior resistência aos sete dai. Entretanto, os coeficientes de correlação da análise estabelecida entre as médias de severidade das cultivares aos cinco e sete dai e as médias da taxa de esporulação de PoT não foram significativos (r=0,2464 e r=0,2047, respectivamente). Os resultados obtidos representam a caracterização atualizada da reação à brusone de cultivares de trigo do Brasil e constituem-se em importante marco exploratório da avaliação da reação de genótipos de trigo baseado na taxa de esporulação de PoT em seus tecidos.

Palavras-chave:
Pyricularia oryzae patotipo Triticum; severidade; esporulação

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