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Análise qualitativa e quantitativa de bactérias da vaginite associadas com implante intravaginal em ovelhas após sincronização de estro

RESUMO:

Este estudo avaliou a presença de vaginite e contagem bacteriana associada ao uso de diferentes dipositivos intravaginais em ovelhas. Vinte e quatro fêmeas Dorper e mestiças foram alocadas em três grupos e receberam implante intravaginal contendo 0,3g de progesterona (CIDR(r)), 60mg de acetato de medroxiprogesterona (MAP) ou esponjas sem progesterona (CONTROLE) por seis dias. Posteriormente, as ovelhas tratadas com CIDR e MAP receberam 12,5mg de dinoprost e 300 UI de eCG. Amostras do muco vaginal foram coletadas em quatro momentos: antes da inserção do dispositivo, no dia de sua retirada, 24 e 48 horas após. As amostras foram cultivadas e as colônias foram contadas (UFC mL-1) e identificadas. Os resultados obtidos da contagem das UFC mL-1 foram submetidos ao teste do qui-quadrado, com P<0,05 sendo considerado significativo. Antes da inserção do dispositivo, 68,2% das amostras continham Staphylococcus spp., sendo 60,0% delas Staphylococcus aureus. Após a remoção do implante, 100% das ovelhas apresentaram sinais clínicos de vaginite. Entretanto, o grau de infecção local nas ovelhas do grupo CONTROLE foi menor (P>0.05), em comparação com as ovelhas recebendo CIDR e MAP. Durante a ocorrência da vaginite, os isolados predominantes pertenciam ao grupo dos coliformes, principalmente Escherichia coli (72,7%). Tal infecção não foi determinada pelos membros da microbiota vaginal, que estavam presentes antes da inserção dos dispositivos, e a microbiota normal foi reestabelecida entre 24 e 48 horas após sua remoção.

Palavras-chave:
dispositivo intravaginal; microorganismo; ovelha; infecção vaginal.

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