Este trabalho teve como objetivo avaliar os atributos anatômicos e químicos da grama-missioneira-gigante à aplicação de 0, 62, 124, 186, 248 and 310m³ ha-1. Decorridos 83 dias do último corte e da aplicação do dejeto, as lâminas foliares foram coletadas, fixadas em FAA 70%, seccionadas, coradas, fotografadas e digitalizadas. Secções transversais das lâminas foliares foram avaliadas quanto à proporção das áreas de epiderme, tecido vascular lignificado + esclerênquima, tecido vascular não lignificado e parênquima, na região entre a quilha e o segundo maior feixe vascular, com sistema de processamento de imagem calibrado para 1mm pixel-1. Amostras de folhas foram coletadas e analisadas quanto ao teor de proteína bruta, fibra insolúvel em detergente ácido e fibra insolúvel em detergente neutro, pelo método de espectrometria de reflectância no infravermelho proximal. A aplicação de até 310m³ ha-1 do dejeto líquido de suíno aumentou os percentuais de proteína bruta, hemicelulose, parênquima e tecido vascular não lignificado, reduzindo os percentuais de fibra insolúvel em detergente ácido e tecido vascular lignificado + esclerênquima. A correlação de Pearson foi positiva entre o percentual de proteína bruta e tecido vascular não lignificado, e entre o percentual de fibra insolúvel em detergente ácido e tecido vascular lignificado + esclerênquima. O percentual de hemicelulose mostrou correlação positiva com epiderme, parênquima e tecido vascular não lignificado. Houve correlação negativa entre o percentual de fibra insolúvel em detergente ácido e epiderme, parênquima e tecido vascular não lignificado. O dejeto líquido de suínos, utilizado como fonte de nitrogênio, promove melhoria em atributos químicos e anatômicos, que afetam o valor nutritivo da grama-missioneira-gigante.
epiderme; fibra; parênquima; proteína bruta; tecido vascular lignificado + esclerênquima
