RESUMO:
O parvovírus canino 2 (CPV-2) é um vírus entérico altamente contagioso que causa alta morbidade e mortalidade, principalmente em cães com menos de seis meses de idade. A recuperação desta doença é dependente de vários fatores, incluindo a determinação do prognóstico do paciente para terapia adequada. O objetivo deste estudo foi avaliar os fatores de risco associados ao desfecho óbito em cães com CPV-2 em um estudo de caso-controle realizado no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Lavras (HV-UFLA), em Lavras, Minas Gerais. Vinte e seis cães com sintomas de CPV-2 que chegaram entre 2017 e 2018 ao HV-UFLA foram avaliados para inclusão no estudo. Dados sobre histórico médico, sinais clínicos, hemograma e teste rápido de parvovirose e fezes para reação em cadeia da polimerase (PCR) foram coletados para todos os animais. Todos os cães receberam tratamento estabelecido pelo HV-UFLA e a taxa geral de letalidade por parvovirose canina foi de 30,77%. Análise descritiva e análise estatística univariada e multivariada (regressão logística) foram utilizadas para avaliar variáveis possivelmente associadas a um prognóstico desfavorável (óbito). Na análise univariada e multivariada, a Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) foi observada como fator de risco significativo para prognóstico desfavorável na parvovirose canina, pois aumentou 12,96 vezes o risco de morte (95% IC 1,85-133,70; P < 0,01) em comparação com aqueles pacientes que não apresentaram SIRS. Assim, a SIRS foi fortemente associada com um prognóstico desfavorável, sugerindo que pode ser utilizada como indicador prognóstico na parvovirose canina na prática veterinária.
Palavras-chave:
gastroenterite hemorrágica; filhote; falhas de imunização; leucopenia; sepse
Thumbnail
Thumbnail
