RESUMO:
Estima-se que a Mata Atlântica ocupe atualmente cerca de 12% de sua área original, composta majoritariamente por fragmentos resultantes das altas taxas de desmatamento. A fragmentação altera o habitat natural das árvores, podendo impactar o nível de competição entre espécies nativas do bioma. A compreensão das relações arbóreas atuais é essencial para avaliar os impactos da fragmentação na dinâmica florestal. Assim, o objetivo deste estudo foi de analisar a distribuição espacial das duas espécies arbóreas nativas (C. langsdorffii e X. brasiliensis) mais populosas do fragmento de floresta semidecídua Montana no bioma Mata Atlântica localizado na cidade de Lavras, MG, Brasil. A caracterização espacial das espécies foi feita através da análise de primeira e segunda ordem por meio dos métodos de processos pontuais não homogêneos marcados e não marcados. Os resultados indicaram que, individualmente, as espécies apresentam uma distribuição não homogênea e tendem a ocorrer de forma agregada no fragmento florestal. Além disso, os dados sugerem a ausência de interação entre as espécies, indicando que não há competição significativa pela disponibilidade de recursos. Esses resultados mostraram ainda a importância da utilização de métodos que considerem processos não homogêneos na análise da dependência espacial entre árvores de espécies nativas.
Palavras-chave:
ecologia florestal; florestas tropicais; configuração espacial; estimador Kernel; funções J e L não homogêneas; método de Monte Carlo.
Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail




