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Estresse térmico relacionado com taxas de mortalidade durante as operações pré-abate de frangos de corte: um estudo sobre os efeitos do tempo de espera

No que diz respeito à redução das perdas por mortalidade pré-abate, as temperaturas e umidades relativas elevadas nos trópicos são as maiores preocupações quanto à sobrevivência de frangos de corte antes do abate. Entretanto, a relação entre diferentes tempos de espera em ambiente controlado e a condição térmica fora do galpão de espera ainda não está clara. Dessa forma, objetivou-se por meio deste trabalho comparar diferentes tempos de espera com diferentes temperaturas externas e a influência nas taxas de mortalidade de frangos de corte. O estudo foi conduzido em um abatedouro comercial de frangos de corte, situado no Estado de São Paulo, Brasil, durante o ano de 2006. Dados históricos de mortalidade de aves durante as operações pré-abate foram obtidos no abatedouro, provenientes de 13.937 caminhões transportadores de frangos de corte. Fatores que influenciam o bem estar das aves foram estudados, dentre eles, o tempo de espera no abatedouro e a temperatura horária do ambiente externo. A análise estatística foi realizada por meio dos Modelos Lineares Generalizados Duplos. A baixa incidência de mortes antes da chegada à linha de abate foi observada (aproximadamente 13 aves mortas por caminhão) quando o tempo de espera esteve entre 1 e 3 horas, sob altas temperaturas (acima de 22°C). Esse efeito foi mais evidente nas faixas crítica (25-28°C) e letal (acima de 29°C) (12 e 13 aves mortas por caminhão, respectivamente). Com relação ao tempo de espera, a redução da mortalidade foi mais pronunciada em intervalos acima de uma hora de espera, sob condições de espera climatizada. Conclui-se que o estresse térmico possui influência negativa para o bem-estar de frangos mantidos sob condição pré-abate e variações na taxa de mortalidade são fortemente relacionadas aos diferentes tempos de espera.

mortes na chegada; avicultura; conforto térmico; abatedouro; bem estar


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