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Enxerto de látex natural na cicatrização de esclerectomias lamelar e penetrante em coelhos

Este trabalho teve como objetivo investigar os efeitos do látex natural com polilisina a 0,1% na cicatrização de esclerectomias lamelar e penetrante em coelhos. Foram estudados dois grupos de 12 coelhos (GI - lamelar e GII - penetrante). As esclerectomias foram realizadas no olho esquerdo de cada animal. A biomembrana de látex foi fixada à esclera receptora e foi recoberta com conjuntiva bulbar. As avaliações clínicas foram realizadas durante 60 dias. Para tal, empregaram-se a tonometria de aplanação, a oftalmoscopia indireta binocular e a biomicroscopia em lâmpada de fenda. Realizou-se análise histopatológica das escleras em microscopia de luz e sob luz polarizada. Não houve blefarospasmo, secreção ocular mucóide, quemose ou sinais de infecção do enxerto em ambos os grupos. A hiperemia conjuntival variou de moderada a tênue. Não houve diferença estatisticamente significativa entre a pressão intraocular do período pós-operatório e do período pré-operatório, para o GI e o GII. A histopatologia por microscopia de polarização demonstrou que o tecido neoformado foi oriundo de tecidos vascularizados adjacentes e constituídos por colágeno do tipo III. Os dois grupos apresentaram ótima adesão do enxerto de látex à esclera receptora. A biomembrana de látex natural com polilisina a 0,1% representa uma alternativa para a reconstrução escleral, além de apresentar fácil obtenção, manuseio e durabilidade.

biomaterial; enxerto; cicatrização; esclera; escleroplastia


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