RESUMO:
Avaliou-se o efeito da temperatura na capacidade de Salmonella Enteritidis (SE) formar biofilme em superfícies de aço inoxidável, polietileno e poliuretano e diferentes processos de higienização. Corpos de prova destes materiais foram postos frente a culturas de SE e incubados a 42±1 ºC, 36±1 ºC, 25±1 ºC, 9±1 ºC e 3±1 ºC por 4, 8, 12 e 24 horas. Para a higienização foram testados água aquecida a 45ºC e 85 ºC e soluções de ácido peracético 0,5% e amônia quaternária 1%. Verificou-se a formação de biofilmes em todas as temperaturas avaliadas, ressaltando-se a 3 ºC, ainda não citada como propícia para adesão de SE. Houve maior adesão ao polietileno do que ao poliuretano e ao aço inoxidável (P<0.05). Para higienização, o ácido peracético e a água a 85 ºC tiveram ação semelhante (P<0.05), seguidos por amônia quaternária, enquanto que a água a 45 ºC não foi eficaz. Todos os materiais avaliados propiciaram a aderência de SE, mesmo sob temperaturas baixas, consideradas até então seguras para a conservação dos alimentos.
Palavras-chave:
Salmonella Enteritidis; biofilmes; superfícies; procedimentos de higienização; microbiologia de alimentos