Open-access Construção e validação de conteúdo para vídeos educativos ancorado na mudança de comportamento para pessoas com diabetes

Resumo

Objetivo:  construir e validar o conteúdo de roteiros de vídeos educativos com enfoque na mudança de comportamento para o autocuidado de pessoas com diabetes. Estudo metodológico, ancorado no modelo transteórico da mudança de comportamento, desenvolvido entre setembro de 2021 e novembro de 2022, envolvendo duas etapas: procedimentos teóricos e procedimentos empíricos e analíticos. A validação foi feita por nove juízes na primeira rodada e seis na segunda. Na coleta de dados, utilizou-se uma escala tipo Likert dividida em nove critérios, posteriormente analisados com base no índice de validação de conteúdo (acima de 80%) e no teste binomial. Foram construídos quatro roteiros baseados nos seguintes tópicos: autoavaliação do comportamento, etapas do estágio de motivação para mudança, reflexões sobre comportamentos diários, adoção de hábitos saudáveis e recaídas no processo de mudança. Os conteúdos alcançaram índice de validação médio de 0,93 e 1,0 na primeira e segunda rodadas, respectivamente. Os roteiros construídos constituem ferramentas com potencial para subsidiar as ações de educação em saúde junto às pessoas com diabetes, com vistas a mudança de comportamento.

Palavras-chave: Estudos de validação; Enfermagem; Tecnologia educacional; Autocuidado; Diabetes mellitus

Abstract

Objective:  to build and validate the content of educational video scripts, focusing on behavioral changes for the self-care of people with diabetes.

Method:  this work was a methodological study, anchored in the transtheoretical model of behavioral change, developed between September 2021 and November 2022, involving two stages: theoretical procedures and empirical and analytical procedures. Validation was carried out by nine judges in the first round and six in the second. In data collection, a Likert-type scale was used, divided into nine criteria and subsequently analyzed based on the content validation index (above 80%) and binomial test.

Results:  four scripts were constructed based on the topics: self-assessment of behavior, stages of the motivation for change stage, reflections on daily behaviors, adoption of healthy habits, and relapses in the change process. The content achieved an average Validation Index of 0.93 and 1.0 in the first and second round, respectively.

Conclusion:  the scripts constructed constitute tools with the potential to support health education actions used with people with diabetes in an attempt to change behaviors.

Key words: Validation studies; Nursing; Educational technology; Self-care; Diabetes mellitus

Resumen

Objetivo:  construir y validar el contenido de guiones de vídeos educativos centrados en el cambio de comportamiento para el autocuidado de personas con diabetes.

Método:  estudio metodológico, anclado en el modelo transteórico de cambio de comportamiento, desarrollado entre septiembre de 2021 y noviembre de 2022, con dos etapas - procedimientos teóricos y procedimientos empíricos y analíticos. La validación fue realizada por nueve jueces en la primera ronda y seis en la segunda. Se utilizó una escala de tipo Likert dividida en nueve criterios para recoger los datos, que luego se analizaron a partir del índice de validación del contenido (superior al 80%) y de la prueba binomial.

Resultados:  se construyeron cuatro guiones basados en los temas: autoevaluación del comportamiento, etapas de la fase de motivación para el cambio, reflexiones sobre los comportamientos cotidianos, adopción de hábitos saludables y recaídas en el proceso de cambio. Los contenidos alcanzaron un índice medio de validación de 0,93 y 1,0 en la primera y segunda rondas, respectivamente.

Conclusión:  Los guiones desarrollados son herramientas con potencial para apoyar acciones de educación en salud a personas con diabetes con vistas a modificar su comportamiento.

Palabras clave: Estudios de validación; Enfermería; Tecnología educativa; Autocuidado; Diabetes mellitus

Introdução

Embora as ações de autocuidado realizadas por pessoas com diabetes mellitus (DM) levem a uma queda de 80% da possibilidade de complicações cardiovasculares, verifica-se a necessidade de abordagens educacionais eficazes para promovê-las1,2. As dificuldades diárias para mudança de hábitos, a frustração, o sofrimento emocional, o baixo comprometimento com as ações de autocuidado, os baixos níveis de conhecimento, a redução da autoeficácia para concluir uma ação e o apoio familiar inadequado têm sido apontados como barreiras para as ações de autocuidado1.

O apoio ao autocuidado oferecido pelos profissionais de saúde é um componente central do modelo de cuidados crônicos e das diretrizes nacionais e internacionais para o cuidado às pessoas com DM3. Esse componente enfatiza a necessidade de capacitar e preparar as pessoas para gerir os seus cuidados de saúde, uma vez que esse engajamento tem demonstrado ser essencial para as mudanças comportamentais e a prevenção de complicações4.

O relatório do Plano de Desenvolvimento Estratégico de 2016 a 2021 da União Europeia5 aponta que o uso de tecnologias educacionais seguras e acessíveis às especificidades dos diferentes públicos são necessárias para reduzir as iniquidades sociais, ao invés de exacerbá-las. Intervenções fundamentadas nas ações de autocuidado, portanto, podem ser determinantes para mitigar alguns agravos recorrentes das condições crônicas de saúde, além de favorecer, por exemplo, um alinhamento na corresponsabilidade das pessoas com DM, melhorando, por conseguinte, sua qualidade de vida6.

Porém, ao considerar a temática, não encontramos na literatura estudos sobre o desenvolvimento de tecnologias educacionais voltadas para a mudança de comportamento, o autocuidado e a promoção da saúde fundamentadas em uma teoria. Os estudos disponíveis que propõem o uso de tecnologias no cuidado às pessoas com DM abordam a produção e a validação de um curta-metragem sobre os cuidados com os pés, baseado no referencial de Dorotheia Orem7, a validação de um aplicativo multimídia em plataforma móvel, para viabilizar ao paciente o conhecimento quanto ao cuidado com os pés8, e a identificação de barreiras para o autocuidado, mas sem mencionar o uso de tecnologias educacionais ou alguma teoria de fundamentação9.

Estudos destacam a importância de as ações de cuidado direcionadas às pessoas com DM terem como enfoque o engajamento do indivíduo com sua condição de saúde e a necessidade de autocuidado3,10. Assim, torna-se necessário o desenvolvimento e a utilização de tecnologias educacionais com foco na mudança de comportamento e na adoção de estilo de vida saudável (sono regular, manejo medicamentoso, gerenciamento do estresse e práticas de exercícios físicos), a fim de promover a melhora da qualidade da saúde física e mental das pessoas com condições crônicas11.

Diante do exposto, surge o seguinte questionamento: os roteiros de vídeos educativos, ancorados na mudança de comportamento para o autocuidado de pessoas com diabetes, são válidos quanto ao conteúdo? Para responder a essa pergunta, o presente estudo teve como objetivo: construir e validar o conteúdo de roteiros de vídeos educativos com enfoque na mudança de comportamento para o autocuidado de pessoas com diabetes.

Método

Aspectos éticos

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (CEP/UFMS), sob parecer número 5.405.988, e foi conduzido em consonância com a Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, assinado pelos pesquisadores, foi enviado por e-mail a todos os convidados a participar do estudo, e devolvido, também por e-mail, por aqueles que concordaram em participar.

Desenho, período e local do estudo

Estudo metodológico desenvolvido em duas etapas: procedimentos teóricos e procedimentos empíricos e analíticos. Os roteiros foram construídos entre setembro de 2021 e março de 2022 e submetidos à validação de conteúdo no período de abril a novembro de 2022. O guia SQUIRE da rede EQUATOR foi utilizado na descrição do relatório da pesquisa.

Amostra, critérios de inclusão e exclusão

Participaram do estudo profissionais localizados por busca na plataforma Lattes (http://lattes.cnpq.br/), utilizando-se os descritores “diabetes mellitus”, “educação em saúde”, “tecnologia educativa” e “autocuidado. Adotou-se como critério de inclusão: ser enfermeiro, atuar na docência e/ou na Estratégia Saúde da Família (ESF) e alcance de pontuação mínima de cinco pontos dos critérios de Fehring12, que considera titulação, formação acadêmica e experiência profissional na atenção à pessoa com DM. Foram excluídos os participantes que descumpriram os prazos determinados (15 dias para devolução da avaliação do roteiro em cada rodada).

Ao todo, 125 profissionais foram localizados, dos quais 54 atenderam aos critérios previamente estabelecidos e foram convidados a participar do estudo via e-mail. Desses, 20 aceitaram participar e nove devolveram o formulário de avaliação preenchido. A amostra de juízes alcançada enquadra-se no intervalo entre 6 e 20, que avalia evidências de validade para diferentes tipos de materiais13. Em temos de contingente de especialistas convidados, no presente estudo se alcançou número superior ao mínimo recomendado na literatura14.

Foram elaborados, pela pesquisadora principal e a orientadora, quatro roteiros para vídeos educativos, constituídos de seis a oito cenas, envolvendo quatro personagens e duração estimada de cinco a oito minutos, visto que vídeos longos dispersam a atenção do telespectador15,16. Os roteiros são sequenciais e delimitam o conteúdo para cada vídeo em uma temática específica. A relação de continuidade entre os roteiros foi adotada para elucidar o desenvolvimento da personagem ao passar por todas as etapas de mudança de comportamento apresentada pelo modelo transteórico (referencial adotado).

Estudo de revisão integrativa2 apontou que as tecnologias educacionais identificadas para promoção do autocuidado em pessoas com diabetes enfocam conteúdos que direcionam os cuidados com os pés, a prevenção de neuropatia, a autogestão da saúde, o conhecimento e a expectativa de pessoas com diabetes e a prevenção de complicações agudas, o que subsidiou a decisão dos pesquisadores na escolha da tecnologia desenvolvida e no enfoque dos conteúdos no autocuidado e na amudança de comportamento.

Na construção de cada roteiro, adotou-se o seguinte sequenciamento de pré-produção: (1) sinopse: ideias centrais escritas em um parágrafo; (2) argumento: texto resumido, em proza e sem diálogos; e (3) roteiros: descrição de áudio e aspectos visuais de uma história17. Cada conteúdo abordado nos roteiros levou em consideração os hábitos de vida que influenciam diretamente o manejo das condições crônicas, descrito no Caderno de Atenção Básica18, e um estágio do referencial do modelo transteórico da mudança de comportamento (MTT)19. Isso porque o tratamento do DM consiste na adoção de hábitos de vida saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, moderação no uso de álcool e abandono do tabagismo, acrescido ou não do tratamento farmacológico.

Para o desenvolvimento dos roteiros foi necessária a elaboração de um cronograma de reuniões a cada 15 dias entre as pesquisadoras principais, a fim discutir e verificar se os elementos básicos do conteúdo abordado em cada vídeo estavam claros e se o estágio de motivação para mudança de comportamento estava coerente com o conceito do referencial19.

De acordo com os preceitos do MTT, existem cinco estágios de prontidão para mudança: (1) pré-contemplação, quando o indivíduo não tem consciência de seus comportamentos inadequados; (2) contemplação, o indivíduo identifica problema de comportamento e começa a considerar a possibilidade de mudança; (3) preparação, o indivíduo elabora planos específicos de ação e realiza pequenas mudanças de comportamento; (4) ação, momento em que os planos de mudança são concretizados/implementados; e (5) manutenção, quando o indivíduo busca consolidar a mudança e previne recaídas19.

O roteiro 1 abordou a necessidade da autoavaliação do comportamento atual (alimentar e prática de atividade física corporais), elemento essencial para mudança de comportamento e manejo da condição crônica. O enfoque desse roteiro esteve em auxiliar as pessoas com DM a identificar os hábitos de vida que necessitam de mudança a partir das escolhas e/ou atitudes da personagem principal. A personagem foi descrita em estágio de pré-contemplação19 em relação à necessidade de mudança de comportamento e englobou os seguintes processos cognitivos: elevação da consciência, auto-reavaliação, reavaliação circundante, alívio emocional e deliberação social.

O roteiro 2 abordou o estágio de contemplação19, no qual a personagem conseguiu contrabalancear os prós e contras da mudança de comportamento. O conteúdo foi o manejo do estresse abordado em uma consulta de enfermagem motivacional que auxiliou na autoavaliação desse comportametno da personagem.

Por conseguinte, o roteiro 3 ressaltou a necessidade de as pessoas com diabetes refletirem sobre os comportamentos e hábitos saudáveis, por meio da apresentação de uma circunstância fictícia. Foram utilizados os estágios de mudança: ação e manutenção e processos comportamentais19 - relações de ajuda, contracondicionamento, controle de estímulos, gerenciamento de reforço e autodeliberação.

Por fim, o roteiro 4 abordou as falhas e recaídas19, tendo em vista que reconhecer essa possibilidade, apoiar as pessoas com DM e valorizar as estratégias de manutenção constituem ações estratégicas de estímulo ao autocuidado. Nesse último roteiro foram incluídos os processos comportamentais a seguir: contracondicionamento, relações de ajuda e controle de estímulo.

O encerramento de cada roteiro teve como base o estímulo à reflexão e à autoavaliação das ações de cuidado realizadas por cada indivíduo, construídas a partir dos preceitos abordados no Manual de Autocuidado Apoiado para Profissionais20. Cabe destacar que na pré-produção e na construção técnica foi utilizado como referencial um guia para criação de vídeo que orienta o processo de roteirização21.

Validação de conteúdo: procedimentos empíricos e analíticos

O presente estudo teve enfoque na validação de conteúdo dos roteiros por juizes especialistas. Desse modo, a validação semântica (realizada junto a pessoas com diabetes e profissionais de saúde atuantes na atenção primária) será objetivo de outro estudo que compõe o projeto matricial.

Para a validação de conteúdo foi utilizada a técnica Delphi, com participação de juizes previamente selecioandos. O emprego dessa técnica permite que os procedimentos analíticos ocorram de forma concomitante aos procedimentos empíricos, o que favorece a condução das análises estatísticas das respostas dos juízes a cada rodada e a verificação dos índices de adequabilidade em comparação aos níveis previamente estabelecidos como esperados, possibilitando retorno ao conjunto dos especialistas para aprimoramento do material em validação.

O questionário online disponibilizado via Google Forms foi constituído por duas partes: a primeira abordando questões gerais (identificação, qualificação e experiência profissional), e a segunda com questões relativas à avaliação do roteiro, seguindo alguns critérios relativos ao conceito da ideia, à construção dramática, ao ritmo, aos personagens, ao potencial dramático, aos diálogos, ao estilo visual, ao público referente e à estimativa de produção6, além dos adotados em estudos que validaram os vídeos22,23.

As questões relativas aos critérios de produção audiovisual apresentam resposta dicotômica (sim ou não), e a adequação de cada critério foi avaliada com resposta em escala tipo Likert de quatro pontos (4 - totalmente adequado; 3 - adequado; 2 - parcialmente adequado; e 1 - inadequado). Após cada quesito avaliado, foi disponibilizado espaço para os juízes apresentarem justificativa ou proporem sugestões.

Análise dos resultados e estatística

Os dados foram coletados em dois momentos (primeira e segunda rodada Delphi), organizados e digitalizados em planilhas do Excel 2010 e submetidos à análise descritiva e inferencial no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), utilizando o índice de validade de conteúdo (IVC), I-IVC (índice de validade de conteúdo por item), S-IVC/AVE (índice de validade de conteúdo para a escala baseado na média) e S-IVC/UA (índice de validade de conteúdo para a escala baseado concordância universal)24. Valores de IVC abaixo de 0,8 foram ajustados conforme sugestões dos juízes e reencaminhados para nova apreciação, a fim de aumentar níveis de concordância quanto aos critérios de adequabilidade.

Aplicou-se o teste binomial (versão não paramétrica do teste t de uma amostra para conjunto de dados categóricos dicotômicos) para comparar as proporções das variáveis dicotômicas que diferem significativamente de 0,8 com nível de significância de 5%25, considerando intervalo de confiança de 95% e p-valor ≤ 0,05 como parâmetro para a significância estatística.

Resultados

Os nove juízes participantes da primeira rodada Delphi de validação dos roteiros dos vídeos educativos e os seis participantes da segunda eram todos do sexo feminino e tinham até cinco anos de experiência na APS. A média de idade foi de 50,89 anos na primeira rodada e 49,67 anos na segunda. Em ambas as rodadas foi observado predomínio de juízas docentes e com o título de doutora em enfermagem. Na Tabela 1 são apresentadas outras características.

Tabela 1
Caracterização das juízas-especialistas participantes da primeira (n = 9) e da segunda rodada (n = 6) de validação. Campo Grande, MS, Brasil, 2023.

No Quadro 1 constam as sugestões apresentadas pelas juízas nas duas rodadas. Observa-se que as juízas 2, 5 e 9 não fizeram sugestões em nenhuma das duas rodadas. As sugestões apresentadas na primeira rodada foram analisadas pelas pesquisadoras principais e incorporadas na reescrita dos roteiros para avaliação na segunda rodada. Não houve divergência em relação a nenhum elemento avaliado entre os juízes.

Quadro 1
Alterações sugeridas pelas juízas especialistas em conteúdo (n = 9). Campo Grande, MS, Brasil, 2023.

Nos critérios da construção dramática, dos diálogos e do público referente foi destacada a necessidade de rever a linguagem para torná-la mais acessível (Quadro 1).

Observa-se na Tabela 2 que todos os critérios alcançaram índice de validação por item superior a 0,80 e que os critérios ritmo, potencial dramático e estilo visual foram validados por unanimidade pelas juízas, e os demais (conceito da ideia, construção dramática, personagens, diálogos, público referente e estimativa de produção) obtiveram I-IVC de 0,89. Além disso, o IVC médio foi de 0,93 e a concordância universal foi de 0,33. Destaca-se, a título de curiosidade, que se consideradas na análise da primeira rodada apenas as seis juízas que participaram da segunda rodada, o critério personagens também obteria I-IVC de 1,00 e o IVC médio e o S-IVC/UA seriam respectivamente de 0,91 e 0,44 (dados não mostrados em tabela).

Tabela 2
Comparação entre primeira e segunda rodada dos valores obtidos em relação a frequências absolutas e índice de validação de conteúdo (concordância universal, por item e média geral). Campo Grande, MS, Brasil, 2023.

Após as modificações nos quatros roteiros, houve o aumento do I-IVC, do S-IVC/AVE e do S-IVC/UA em cinco critérios, de modo que todos alcançaram o índice máximo de 100% de concordância em duas rodadas.

Observa-se no Quadro 2 que todos os critérios de avaliação dos roteiros receberam sugestões para melhorias, exceto o critério estimativa de produção. As principais sugestões dos juízes se relacionavam ao uso de uma linguagem mais simples e à inclusão de características sociais dos personagens. Contudo, também pode-se observar ajustes que reforçam o vínculo familiar e profissional da personagem principal (Ana).

Quadro 2
Recortes dos quatro roteiros que foram modificados no decorrer da validação de conteúdo. Campo Grande, MS, Brasil, 2023.

Para fins de divulgação, use a câmera do seu celular para leitura dos roteiros validados (Figura 1).

Figura 1
QR-CODE para acesso aos “Roteiros de vídeos educativos ancorados na mudança de comportamento para pessoas com diabetes”, Campo Grande, Brasil, 2023.

Discussão

Os roteiros de vídeos educativos com enfoque no autocuidado de pessoas com diabetes alcançaram as evidências de validação de conteúdo recomendadas pela literatura. O material educativo foi avaliado por profissionais da saúde, especificamente por enfermeiros com expertise em DM e educação em saúde.

A assistência holística tem associação inegável com a educação em saúde como extensão do cuidado26. Nesse sentido, a enfermagem tem mantido participação ativa na construção de ferramentas tecnológicas como suporte de ensino-aprendizagem. A construção e validação de vídeos educativos, por exemplo, facilitam as perspectivas de comunicação com grandes públicos, além de constituir um material visualmente atrativo15.

Cabe salientar que a utilização de referenciais teóricos no desenvolvimento e na validação de tecnologias educativas (TE) tende a tornar essas ferramentas mais adequadas às possibilidades dos profissionais de saúde e a atender melhor às necessidades do público a que se destina, além de mais atrativas, o que facilita o processo de ensino-aprendizagem e favorece a promoção da saúde25. Diante da escassez na literatura de tecnologias educacionais com embasamento em teorias comportamentais2, o uso do MTT como referencial teórico direcionou todo o processo de desenvolvimento do conteúdo dos roteiros elaborados no presente estudo. A ênfase nos estágios de motivação para mudança de comportamento proposta em cada vídeo pode oferecer subsídios para ações estratégicas de educação em saúde com enfoque na autoavaliação da condição de saúde e na promoção do autocuidado de pessoas com diabetes.

Cabe destacar que a mudança de comportamento requer a identificação de fatores que podem implicar a efetivação do autocuidado e o manejo da condição crônica por indivíduos com DM227. Por essa razão, conteúdos específicos relacionados às atividades de autocuidado das pessoas com DM2 foram elencados para compor os roteiros. São eles: o uso de medicamento, a monitorização da glicemia, a prática da atividade física, a alimentação geral e o controle do estresse. Em consonância com artigo que tratou da criação e validação de um aplicativo para avaliação dos pés de pessoas com diabetes, essas etapas exigem estratégias pedagógicas e métodos apropriados8.

As especialistas em conteúdo foram enfermeiras docentes com experiência na atenção primária à saúde. Cabe destacar as vivências e experiências diversificadas que essas profissionais podem fornecer acerca do manejo do DM2 em diferentes contextos, uma vez que são os(as) enfermeiros(as) que lidam diariamente com as fragilidades envolvidas no processo de mudança comportamental28. Por essa razão, houve a preocupação de selecionar especialistas com propriedade no assunto e/ou na área temática do vídeo, a fim de garantir rigor e robustez no processo de avaliação.

Partindo desse princípio, as juízas fizeram contribuições referentes à relação entre hábitos de autocuidado e resultados clínicos, à realidade vivenciada pelos usuários, à simplificação da linguagem adotada, à relação entre a realidade e o autocuidado apoiado por meio do vínculo usuário-profissional, aos estágios de mudança de comportamento, além de colaborarem para o incremento do conteúdo específico. Destaca-se que os apontamentos são informações relevantes para alinhar o conteúdo e proporcionar cientificidade e qualidade ao material avaliado, algo comumente feito em outros estudos de validação em vídeos educativos15,16.

Alguns critérios, apesar de validados na primeira rodada, receberam algumas sugestões. Sobre o conceito da ideia, foi sugerido evidenciar que a prática contínua de exercícios físicos é capaz de reduzir as complicações, ao contrário da prática esporádica. Em consonância com essa sugestão, enquanto um estudo de revisão evidenciou a associação da prática da atividade física na qualidade de vida e na adesão ao manejo do DM29, outro destacou a baixa adesão a exercícios físicos específicos, com duração de 30 minutos, de cinco a sete dias na semana, por pessoas com DM (22,6%)27. Com a incorporação das sugestões, o público-alvo poderá assimilar a necessidade de manutenção das ações de autocuidado e a autoavaliação de suas ações diárias em relação ao exercício físico, bem como sua relevância na redução de agravos e no manejo da doença.

Quanto aos personagens, as principais sugestões foram baseadas na rede de apoio, tanto coletiva, por meio de grupos profissionais, quanto familiar. Sobre esse suporte, a juíza responsável pela sugestão justificou que sua ausência pode distanciar o ouvinte da situação-problema apresentada no produto final. Além disso, estudo de revisão sistemática30 destacou a necessidade do apoio como estratégia de mudança. Da mesma maneira, os fatores familiares e sociais podem influenciar no manejo da condição crônica pelo indivíduo e estimular mudanças no estilo de vida por desempenharem um papel essencial nesse processo. Do mesmo modo, o apoio em pares e atividades educativas em grupos favoreceram significativamente a manutenção das ações gerais de autocuidado.

Implementar uma comunicação por meio de aplicativos móveis como WhatsApp e a inclusão da personagem principal em um grupo de apoio online também foi uma sugestão para adequação dos roteiros. A justificativa está na facilidade desses meios de comunicação para estreitar as interações com os profissionais da APS. Outras estratégias, como videoconferências, videochamadas e mensagens de texto têm sido utilizadas em programas de educação para o autocuidado das pessoas com DM30. Dessa forma, optou-se por inserir nos roteiros a comunicação estratégica com agentes comunitários de saúde e o telemonitoramento, tendo em vista a facilidade que esses recursos proporcionam na tomada de decisões, no aconselhamento para aumento de habilidades para controle glicêmico, de hemoglobina glicada (HbA1c), pressão arterial e peso corporal31.

A adequação da linguagem ao público-alvo foi a sugestão mais frequente. O uso de uma linguagem simplificada foi um apontamento comum também em outro estudo de validação32, em especial por apresentar uma associação inadequada para as pessoas acometidas por DM e hipertensão arterial33. Portanto, foram alterados termos considerados complexos, como dieta e modelo transteórico, e implementada uma linguagem mais informal e empática, substituindo esses termos por alimentação saudável e modelo teórico da mudança, ambas as alterações validadas na segunda rodada.

No que se refere à validação final, destaca-se que a não participação de três dos nove juízes iniciais não prejudicou o resultado alcançado, pois além de o número de juízes participantes atender ao que é indicado na literatura34-36, foi observada elevada concordância quanto aos conteúdos dos roteiros. Desse modo, apesar das sugestões, os conteúdos dos roteiros foram considerados válidos, uma vez que os percentuais de concordância de todos os itens foram semelhantes e/ou superiores à concordância esperada do ponto de vista estatístico.

No espaço para apontamentos e sugestões no instrumento de coleta de dados, algumas das juízas destacaram de forma enfática pontos positivos da TE construída. Uma delas pontuou que a explicação da personagem principal sobre as etapas de mudança foi uma excelente estratégia de ensino. Dessa afirmação, pode-se inferir que o discernimento da pessoa com DM e seu reconhecimento das etapas do processo de mudança, que por vezes não é linear, pode tornar o processo mais claro e factível para eles.

Este estudo corrobora o avanço do conhecimento na área da saúde, em especial da enfermagem, especificamente dos profissionais que atuam na APS, uma vez que os conteúdos dos roteiros para os vídeos educativos produzidos foram considerados válidos pelos juízes especialistas. Após gravados, serão submetidos à validação das pessoas com diabetes e de profissionais de saúde, a fim de que possa constituir uma tecnologia para auxílio do exercício assistencial, em decorrência de sua confiabilidade, criatividade e comprometimento com a saúde dos usuários do serviço.

Limitações do estudo

Considera-se como limitação o número de roteiros, que pode ter demandado mais tempo das juízas para avaliação e, consequentemente, aumentado o tempo para retorno do material apreciado à pesquisadora principal. Além disso, os resultados encontrados no presente estudo não podem ser generalizados, uma vez que se utilizou a recomendação mínima em relação ao número de juízes. Contudo, a representação diversificada de membros de diferentes especialidades e a distribuição geográfica foram elementos contemplados e que sustentam as reflexões práticas geradas pelos resultados.

O fato de a validação semântica não ter sido realizada limita a capacidade de se inferir acerca da compreensão que a população-alvo tem sobre o conteúdo dos roteiros. Contudo, a próxima etapa do estudo será composta pela gravação dos vídeos e a validação semântica e de aparência pelas pessoas com DM e os profissionais de saúde.

Conclusão

O conteúdo dos quatro roteiros de vídeos educativos construídos para promoção do autocuidado e da mudança de comportamento em pessoas com DM2 foram validados quanto ao conteúdo. Foram redigidos com base em quatro temáticas: autoavaliação; etapas da motivação; reflexões sobre comportamentos; e hábitos saudáveis e recaídas no processo de mudança. Futuramente, os roteiros seguirão as etapas subsequentes necessárias para a construção dos vídeos educativos, e possivelmente outras medidas psicométricas serão necessárias para aperfeiçoar as demais fases do estudo.

O conteúdo dos roteiros tem potencial para subsidiar ações de educação em saúde junto às pessoas com diabetes, com enfoque na mudança de comportamento e na promoção do autocuidado. Espera-se que os resultados do presente estudo incentivem outros pesquisadores a construírem e validarem outras tecnologias para o autocuidado de pessoas com condições crônicas com foco na efetividade da promoção da saúde e na prevenção de complicações.

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  • Financiamento
    O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001 e da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e do Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde - PPSUS, mediante apoio financeiro do Decit/SCTIE/MS, por intermédio do CNPq, da FUNDECT e da SES-MS.
  • Editores-chefes:
    Maria Cecília de Souza Minayo, Romeu Gomes, Antônio Augusto Moura da Silva

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    21 Out 2024
  • Data do Fascículo
    Nov 2024

Histórico

  • Recebido
    10 Abr 2024
  • Aceito
    07 Maio 2024
  • Publicado
    09 Maio 2024
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