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A carga de doença por COVID-19 em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, no período de um ano

Resumo

A COVID-19 gerou impacto na sociedade com elevados índices de morbidade e mortalidade. A utilização de indicador epidemiológico que estime a carga de doença, agregando em uma medida a mortalidade precoce e os casos não fatais, tem potencial de auxiliar no planejamento de ações adequadas em diferentes níveis de atenção à saúde. O objetivo deste artigo é estimar a carga de doença por COVID-19 em Florianópolis/SC de abril de 2020 a março de 2021. Foi realizado um estudo ecológico com dados de notificação e óbitos por COVID-19 no período de 12 meses. Utilizou-se o indicador de carga denominado Anos de Vida Perdidos Ajustados por Incapacidade (DALY), obtido pela soma dos Anos de Vida Perdidos (YLL) com os Anos Vividos com Incapacidade (YLD). Foram incluídos 78.907 casos de COVID-19 confirmados. Desses, 763 evoluíram a óbito no período estudado. No total, foram estimados 4.496,6 DALYs, taxa de 883,8 DALYs/100.000 habitantes. No sexo masculino, foram 2.693,1 DALYs, taxa de 1.098,0 DALYs/100.000 homens. Em mulheres, foram 1.803,8 DALYs, taxa de 684,4 DALYs/100.000 mulheres. A faixa etária mais acometida em ambos os sexos foi de 60 a 69 anos. Foi alta a carga de COVID-19 na cidade estudada. As maiores taxas foram encontradas no sexo feminino e na faixa-etária de 60-69 anos.

Palavras-chave:
Carga de doença; Anos de Vida Ajustados pela Incapacidade; COVID-19

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