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Controle e utilização da talidomida: adequados à ampliação do uso e mitigação do risco de teratogenicidade no Brasil?

Resumo

Estudo de utilização de medicamento que descreve o controle da talidomida no Brasil e sua utilização em Minas Gerais. Questionário online foi enviado às unidades federativas do Brasil para coleta de dados de distribuição, dispensação, cadastro de usuários e eventos adversos da talidomida. Dados de distribuição (2011-2018) e dispensação (2015-2018) de Minas Gerais foram obtidos pelo sistema de gerenciamento da assistência farmacêutica. Análise de variância e teste de Tukey foram empregados para comparações dos dados. Das 16 unidades federativas participantes, 100% e 50% utilizavam sistema eletrônico para distribuição e dispensação, respectivamente, e cerca de 43% cadastravam usuários. Sistemas de notificação de eventos adversos eram escassos. Houve redução de 44% na distribuição em Minas Gerais no período. A dispensação manteve-se constante (média 0,0004 DDD/1000 hab./dia) e ocorreu principalmente para eritema nodoso hansênico e mieloma múltiplo. O uso off-label (2,2%) foi crescente. A maioria dos usuários era do sexo masculino (idade média 56 anos). Das mulheres, 30% estavam em idade fértil. A vigilância da talidomida é um desafio em saúde pública. Apesar da ampliação do uso e obrigatoriedade de controle, não há padronização em nível nacional e a notificação de eventos adversos é incipiente.

Palavras-chave:
Talidomida; Teratogênese; Uso de Medicamentos; Farmacovigilância

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