Estudo qualitativo realizado com mães de baixa renda em Buenos Aires, Argentina, que examina a influência das condições socioeconômicas, da estrutura organizacional, das relações familiares e da insegurança alimentar sobre as práticas de alimentação infantil e o padrão de peso. Trinta e oito mães de crianças pré-escolares que vivem em áreas urbanas de Buenos Aires participaram de quatro discussões em grupos focais. Os resultados indicaram que muitas mães estavam cientes de que a obesidade pode ser prejudicial para a saúde da criança, mas a maioria não tem clareza sobre as consequências. O trabalho materno, as pressões familiares, a insegurança alimentar e as preocupações financeiras parecem influenciar as práticas de alimentação infantil. Esses achados têm importantes implicações para o desenvolvimento de estratégias de assistência nutricional, que poderão beneficiar a saúde das crianças e as oportunidades de educação nutricional dos programas que são direcionados à transição nutricional em Buenos Aires. O direito de se alimentar regular e adequadamente é obrigação do Estado e deve ser exercida tomando em consideração a noção de soberania alimentar e respeitando a importância a preservação da cultura e hábitos alimentares de um país e seus diversos grupos populacionais.
Pesquisa qualitativa; Práticas alimentares; Mães; Segurança alimentar; Argentina