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Processo de trabalho na Atenção Primária em Saúde: pesquisa-ação com Agentes Comunitários de Saúde

O objetivo deste artigo é descrever e analisar o trabalho de agentes comunitários de saúde (ACS), voltado para o desenvolvimento de práticas de atenção primária em saúde, relativas ao consumo prejudicial de drogas. O estudo partiu do referencial marxista e da metodologia da pesquisa-ação, o que conduziu à realização de 15 oficinas emancipatórias. O material foi analisado a partir da categoria processo de trabalho. Este revelou o abandono social do território, meio em que o trabalho dos ACS se processa, o que foi fundamental para o reconhecimento das causas dos problemas relacionados às drogas. Tais revelações permitiram formular críticas às ações reiterativas e desgastantes que se desenvolvem, o que contribuiu para o processo de desalienação e formulação de formas de atuação políticas. Os ACS se encorajaram a reconhecer o objeto do processo de trabalho na atenção primária em saúde, que foi identificado como sendo a doença (ou dependência, no caso do consumidor de drogas) e explicitaram críticas a esse recorte; discutiram a divisão social do trabalho e o trabalho em si e se reconheceram como meros instrumentos do processo de trabalho, passando a desejar ser sujeitos, isto é, a ser coprodutores das transformações das necessidades sociais.

Atenção primária à saúde; Agentes comunitários de saúde; Programa de saúde da família; Trabalho; Pesquisa-ação


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