Resumo
O objetivo é verificar a tendência da mortalidade infantil (MI) e da mortalidade infantil evitável (MIE) em municípios da região metropolitana de Porto Alegre de 1996 a 2021 e suas associações com o gasto público per capita em saúde e a cobertura populacional de Estratégia Saúde da Família (ESF). Estudo ecológico com dados dos sistemas de informações: sobre mortalidade, nascidos vivos, de orçamentos públicos e de atenção básica. Foram consideradas evitáveis as mortes descritas na lista do Ministério da Saúde. A análise estatística utilizou a regressão de Prais-Winsten. Foi observada diminuição da MIE nos municípios estudados com exceção de Esteio. Houve associação entre o gasto público per capita em saúde e os desfechos do estudo em Novo Hamburgo, Canoas e Porto Alegre. Encontrou-se associação entre a cobertura de ESF e a MI em Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul, Canoas e Porto Alegre. A MIE esteve associada à cobertura de ESF em Novo Hamburgo, Canoas e Porto Alegre. Apesar da diminuição dos coeficientes de MI e de MIE, a associação deste indicador foi mais impactada pelo gasto público per capita em saúde do que pela cobertura populacional de ESF.
Palavras-chave:
Mortalidade Infantil; Causas de Morte; Financiamento da Assistência à Saúde; Gastos Públicos com Saúde; Estratégia Saúde da Família