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Práticas contraceptivas de adolescentes brasileiras: vulnerabilidade social em questão

O objetivo deste estudo é analisar práticas contraceptivas de adolescentes brasileiras e discutir situações associadas de vulnerabilidade. Estudo transversal, utilizando banco de dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) 2006. Foram investigados fatores associados ao uso atual de métodos anticoncepcionais. A análise incluiu 986 adolescentes sexualmente ativas. Foi realizada análise bivariada entre desfecho e cada variável independente. Associações entre variáveis foram avaliadas pela regressão logística multivariada. O nível de significância foi de 0,05. Na análise multivariada identificamos quatro fatores associados ao desfecho: ter no mínimo o ensino fundamental completo (p = 0,03; ORajustado = 2,17; IC 95% 1,034,55); união estável (p < 0,01; ORajustado = 2,84; IC 95% 1,455,54); uso de método anticoncepcional na primeira relação sexual (p < 0,01; ORajustado = 2,72; IC 95% 1,375,42); e acesso a transporte para chegar ao serviço de saúde (p < 0,01; ORajustado = 2,90; IC 95% 1,326,36). Adolescentes com maior vulnerabilidade social utilizam menos métodos anticoncepcionais. Isto aponta para a necessidade de estabelecer articulações intersetoriais com políticas públicas que garantam os direitos reprodutivos de adolescentes.

Anticoncepção; Adolescência; Comportamento contraceptivo; Vulnerabilidade; Serviços de saúde


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