Resumo
O objetivo desta pesquisa qualitativa foi investigar as concepções teóricas dos trabalhadores sobre o grupo bem como analisar os fatores impulsores e restritivos da prática terapêutica grupal nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Participaram do estudo 66 trabalhadores de CAPS e ambulatórios da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de 23 municípios do estado de Goiás. A coleta de dados se deu por meio de questionário estruturado e entrevista grupal registrada em gravação de áudio e fotografias. Da análise temática dos dados emergiram o conceito do que o grupo é e do que o grupo não é. Tanto no eixo das forças impulsoras, quanto das forças restritivas, as categorias foram organizadas em três blocos de análise: aspectos relacionados ao serviço, aos profissionais e aos usuários. Aspectos relacionais, estruturais, terapêuticos e a competência profissional para a coordenação de grupo se integram de modo antagônico, complementar e indissociável para apreensão da realidade estudada. Conclui-se que evidenciar os aspectos restritivos que precisam ser reconhecidos e aprimorados bem como os impulsores que precisam ser mantidos e potencializados pode contribuir ativamente para ampliar a capacidade terapêutica do uso da tecnologia grupal no contexto da saúde mental.
Palavras-chave:
Processos grupais; Prática profissional; Estrutura de grupo; Serviços de saúde mental; Saúde mental