Resumo
A atenção especializada do sistema público de saúde brasileiro é crítica e subfinanciada. Poucos estudos avaliaram o planejamento da atenção secundária em um nível estratégico, portanto ainda há questões em aberto a serem examinadas. Este estudo objetiva determinar a localização de centros médicos e a quantidade de equipamentos com base em um processo de otimização em duas etapas para atender a população. Balanceamos decisões conflitantes de propensão dos médicos em trabalharem em metrópoles e de pacientes em mudarem o mínimo de seus municípios para fornecer a localização dos centros médicos, e equipamentos a esses locais e as horas adicionais de especialistas para atender aos padrões oficiais de demanda. Para a demanda restante, a segunda etapa do modelo de otimização sugere a aquisição de equipamento para os centros médicos eleitos, para atender às necessidades. A localização proposta das unidades de atendimento secundário abrange 834 municípios, correspondendo a 97,77% do estado, com um deslocamento médio de pacientes de 58,73 km (IC95%: 56,18 km - 61,28 km). Em geral, 39 das 77 regiões de saúde devem contratar horas adicionais de especialidades médicas. Pediatria e ginecologia representam a maior lacuna.
Palavras-chave:
Planejamento da saúde pública; Cuidados secundários; Localização de centros médicos