Open-access Exposure to violence among adolescents in a low-income community in the northeast of Brazil

csc Ciência & Saúde Coletiva Ciênc. saúde coletiva 1413-8123 1678-4561 ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva Rio de Janeiro, RJ, Brazil This a cross-sectional study made in Fortaleza, Ceará, 2009, which included 458 teenagers and analyzed their exposure to violence, describing their access to weapons, alcohol abuse, illegal drug use and their self-esteem by investigating their socio-economic, school and family characteristics and exposure to the phenomenon. A questionnaire and/or structured interviews were used for data collection, and analysis involved Pearson's chi-square test, with 95% reliability. Of the 458 participants, 17.7% were considered to be exposed to criminal violence. Significant variables for exposure to violence included: place of birth (p = 0.020), years of schooling (p = 0,009), school absenteeism (p < 0.001), the father as the head of the family (p = 0.026), alcohol-addicted parents (p < 0.001), good/very good family relationships (p = 0.009), and parents' dissatisfaction with their children's friends (p < 0.001). Thus, it is necessary that public policies focus on a support network for care of adolescents and that urban centers organize themselves socially and politically in the quest for understanding the effects of exposure to violence among adolescents in low-income communities. ARTIGO ARTICLE Exposição à violência entre adolescentes de uma comunidade de baixa renda no Nordeste do Brasil Exposure to violence among adolescents in a low-income community in the northeast of Brazil Deborah Pedrosa MoreiraI; Luiza Jane Eyre de Souza VieiraII; Augediva Maria Jucá PordeusII; Samira Valentim Gama LiraII; Geisy Lanne Muniz LunaII; Juliana Guimarães e SilvaIII; Maria de Fátima Antero Sousa MachadoIII ICentro de Educação Permanente em Vigilância da Saúde, Escola de Saúde Pública do Ceará. Av. Antônio Justa 3161, Meireles. 60165-090 Fortaleza CE. deborahpm@gmail.com IIMestrado em Saúde Coletiva, Centro de Ciências da Saúde, Universidade de Fortaleza IIIEscola Nacional de Saúde Pública, Fiocruz ABSTRACT This a cross-sectional study made in Fortaleza, Ceará, 2009, which included 458 teenagers and analyzed their exposure to violence, describing their access to weapons, alcohol abuse, illegal drug use and their self-esteem by investigating their socio-economic, school and family characteristics and exposure to the phenomenon. A questionnaire and/or structured interviews were used for data collection, and analysis involved Pearson's chi-square test, with 95% reliability. Of the 458 participants, 17.7% were considered to be exposed to criminal violence. Significant variables for exposure to violence included: place of birth (p = 0.020), years of schooling (p = 0,009), school absenteeism (p < 0.001), the father as the head of the family (p = 0.026), alcohol-addicted parents (p < 0.001), good/very good family relationships (p = 0.009), and parents' dissatisfaction with their children's friends (p < 0.001). Thus, it is necessary that public policies focus on a support network for care of adolescents and that urban centers organize themselves socially and politically in the quest for understanding the effects of exposure to violence among adolescents in low-income communities. Key words: Adolescence, Violence, Risk factors, Family characteristics, Cross-sectional studies, Social condition RESUMO O estudo analisou a exposição dos adolescentes à violência, considerando o acesso à arma, o uso abusivo de álcool e/ou uso de drogas ilícitas e sua autoestima, e investigou a influência de fatores socioeconômicos, escolares e características familiares com a exposição a esse fenômeno. Estudo transversal, realizado em Fortaleza, Ceará, em 2009, com 458 adolescentes. Foram utilizados questionários e/ou entrevistas estruturadas para coleta dos dados e na análise aplicamos o teste de correlação de Pearson, com a confiabilidade de 95%. Ao correlacionar a exposição do adolescente à violência com as variáveis naturalidade (p = 0,020), tempo de estudo em anos (p = 0,009), absenteísmo escolar (p < 0,001), responsável financeiro pela família (p = 0,007), pais ou responsáveis etilistas (p < 0,001), relações familiares boas/muito boas (p = 0,009) e a não satisfação dos pais com amizades de seus filhos (p < 0,001), identificamos associação direta. Assim, é necessário que as políticas públicas enfoquem rede de apoio ao cuidado com o adolescente e que os centros urbanos organizem-se social e politicamente na busca pela compreensão dos efeitos da exposição à violência em adolescentes de comunidades de baixa renda. Palavras-chave: Adolescência, Violência, Fatores de risco, Características familiares, Estudos Transversais, Condição Social Introdução Os efeitos traumáticos ocasionados pela violência na vida da criança e adolescente trouxeram atenção a este problema de saúde pública que assola incessantemente a sociedade1. Pesquisas sobre violências reafirmam a evidência e continuísmo desse fenômeno no cotidiano das cidades e o envolvimento crescente de jovens nesses eventos, ora como vítimas, ora como autores2,3, o que suscita a importância de continuar com investigações nessa temática. A literatura sinaliza que a experiência do adolescente com situações de violência proporciona mudanças de atitudes, com perspectiva de o indivíduo desenvolver um comportamento violento4. Essa predisposição instiga os pesquisadores do tema a analisar os direitos e deveres, as ações sociais e as políticas públicas destinadas aos adolescentes5 no sentido de minimizar e desenvolver estratégias de prevenção da violência neste grupo. A violência contra o adolescente ganhou visibilidade por meio dos estatutos, leis e políticas públicas, bem como da constituição de conselhos tutelares, mas apesar dos diversos documentos e instituições voltadas para a assistência ao adolescente, identifica-se a falta de articulação na busca de formação de redes de apoio. Assim, na prevenção da violência urgem a reflexão e a mobilização da sociedade e dos profissionais envolvidos na assistência ao adolescente6 vitimado pelas violências. Desta forma, os profissionais devem ser conhecedores de fatores que se associam à violência, como a desagregação familiar, uso indevido de tempo, desintegração de valores tradicionais, influência de amizades e marginalização social, pois estes colaboram para que o adolescente reconstrua sua identidade nos novos espaços sociais, servindo como ferramenta preventiva1,3,6. A realização de medidas preventivas durante a adolescência é um desafio, pois é a fase da vida que impõe transformações e interferências do meio familiar e social. Essa etapa faz com que o adolescente tente se rebelar contra a realidade vivenciada7, como usar drogas lícitas e ilícitas, ter acesso a armas e conviver com familiares que usam drogas e reproduzem a violência no contexto familiar. Este conjunto disfuncional proporciona a exposição do adolescente à violência8-10. O envolvimento/exposição desse grupo com as tipologias da violência, nos últimos anos, custou ao governo investimentos em programas e políticas que favorecem a "construção" de uma adolescência saudável3,6. Por outro lado, existem lacunas de estudos que busquem identificar a associação dos fatores como uso de armas, uso de álcool e/ou drogas ilícitas e características familiares com a exposição do adolescente à violência na comunidade. Na literatura nacional e internacional11-15, encontramos pesquisas envolvendo adolescentes e violência, mas centrada no adolescente em conflito com a lei ou a violência delinquencial, que esquiva do proposto neste estudo. No intuito de contribuir com esta lacuna, o estudo (i) analisou a exposição dos adolescentes à violência, considerando o acesso à arma, o uso abusivo de álcool e/ou uso de drogas ilícitas e a autoestima dos adolescentes, e (ii) investigou a influência de fatores socioeconômicos, escolares e características familiares com a exposição a esse fenômeno. Métodos Trata-se de um estudo transversal no qual foram selecionados 458 adolescentes de ambos os sexos, com idade mínima de dez e máxima de dezenove anos, residentes em uma comunidade de baixa renda em Fortaleza, Ceará. A população de base deste estudo foi oriunda de um censo realizado nesta localidade em 2007/2008, com registro de 10.900 habitantes. Desta população, 2.300 eram adolescentes representando 21,0% da população total. A amostra foi estratificada por sexo e idade, correspondendo a 120 homens e 120 mulheres de 10-14 anos (1ª fase da adolescência) e 120 homens e 120 mulheres de 15-19 anos (2ª fase da adolescência)16. Porém, em virtude da dificuldade de encontrar os adolescentes em seus domicílios, foram aplicados 458 questionários ou entrevistas, abrangendo 95,4% da amostra. A estratificação da amostra se deu em dois estágios: (i) seleção das ruas da comunidade, conforme censo e (ii) seleção dos domicílios para participar da coleta. Esta última, aleatória, foi escalada por alternância de casas (1/1), no trajeto esquerdo-direito no sentido horário. Em domicílios onde havia mais de um adolescente, todos participaram. Para este estudo, foram critérios de inclusão: adolescente residir nesta comunidade e atender a faixa etária de 10 a 19 anos. Excluíram-se os adolescentes que informaram ter participado do teste piloto. Em virtude de realização anterior do censo nessa comunidade (fase 0), a coleta de dados, realizada entre julho e outubro de 2009, incluiu duas modalidades: (i) entrevista estruturada face a face para analfabeto funcional17 e (ii) questionário anônimo, com questões de múltipla escolha sobre fatores individuais, familiares, socioeconômicos e comunitários, com duração média de respostas de 30 minutos. Importante explicitar conceitos analíticos do estudo: (i) família nuclear ou tradicional - consiste em um marido, uma esposa e seus filhos que vivem em um domicílio comum; (ii) família reconstituída - pais que se separaram, recasaram e constituíram novas uniões nucleares, ou seja, pelo menos um dos adultos é um padrasto ou uma madrasta; (iii) família monoparental - a família de pai/mãe solteiro; (iv) família ampliada, estendida ou extensa - compõe-se da família nuclear dos membros da família de origem como os avós, tios, primos18. Para a apreciação das variáveis, empregou-se a escala de autoestima de Rosenberg (1965) e o instrumento CAGE para análise do uso abusivo de álcool. No que se refere aos fatores de risco à violência, os mesmos foram orientados pelo Modelo Ecológico. Para a identificação da autoestima, a Escala de Autoestima (AE) de Rosenberg (1965), adaptada e validada no Brasil19, adota a terminologia autoestima positiva e negativa. As pontuações menores que 25 representam autoestima negativa. Neste estudo, para efeito de análise, os questionários em que pelo menos um item não tinha sido respondido não foram validados. O instrumento usado na pesquisa sobre o comportamento de risco dos estudantes adolescentes do estado do Ceará20, realizada com 11.701 participantes, orientou a mensuração das variáveis individuais, familiares e escolares, uso de drogas ilícitas e exposição de arma de fogo e/ou branca. Quanto à renda familiar, os dados foram agrupados em categorias ampliadas (Renda menor que dois SM e renda maior ou igual a dois SM). Quanto às relações familiares, o estudo considerou as alternativas mais expressivas: boas/muito boas e ruins/muito ruins. Para analisar o uso abusivo de álcool, adaptamos o instrumento "CAGE"21 que estima a magnitude do alcoolismo em populações, e consta de quatro questões básicas a respeito da ingestão de álcool: C (cut-down - diminuir a ingestão), A (annoyed - irritado), G (guilty - culpado), E (eye-opener - identificação de ressaca), diante disso considerou-se uso abusivo de álcool respostas afirmativas a duas ou mais perguntas, e, alto risco, a uma pergunta. Os fatores de risco à violência foram orientados pelo Modelo Ecológico22 nos níveis individual, relacional, comunitário e social. Neste modelo, o nível biológico identifica os fatores históricos biológicos e pessoais que a pessoa traz em seu comportamento, concentrando-se nas características que aumentam a possibilidade do indivíduo ser vítima ou perpetrador de violência. O estudo considerou as variáveis gostar de ir à escola e autoestima pertencentes ao nível biológico. O nível relacional considera as relações sociais próximas evidenciando-se as interações sociais, nos âmbitos mais próximos dos companheiros, dos colegas, dos parceiros íntimos, dos membros da família e sua influência na vitimização ou na perpetração da violência. Neste foco, as variáveis estudadas neste nível foram: relações familiares, satisfação dos pais com as amizades dos filhos e com o rendimento escolar. No nível comunitário são nomeados os locais de trabalho, a escola e a vizinhança, e como problemas, os altos níveis de desemprego, a presença de tráfico de drogas e de armas e componentes de ordem relacional, como o isolamento social em que vivem determinadas famílias. Neste sentido, considera-se a renda familiar, o responsável pelo sustento da família trabalhando, absenteísmo escolar, acesso à arma, uso abusivo de drogas ilícitas e álcool e etilismo dos pais. O nível social analisa os fatores sociais mais amplos que influenciam nos índices da violência, como normas culturais que justificam a violência como forma de resolver conflitos; atitudes que apreciam a opção pelo suicídio como um direito de escolha individual; machismo e cultura adultocêntrica, dentre outros. Neste caso, elencaram-se para efeito analítico as variáveis: tipos de família, pais separados, responsável pela família. Para este estudo, consideraram-se como expostos (Figura 1) os adolescentes que, em algum momento, tiveram exposição a uso abusivo de álcool21 e/ou uso de drogas ilícitas e, pelo menos, um dos seguintes fatores: (i) autoestima negativa19,23 e/ou (ii) exposição a algum tipo de arma (fogo e/ou branca). Ratificando, o adolescente que utiliza álcool e drogas ilícitas incorre em maior probabilidade de se expor à violência22. Figura 1. Representação da exposição do adolescente à violência. Fonte: Dados da pesquisa. Não foram considerados válidos os questionários em que o item sobre o uso de drogas e o CAGE (uso abusivo de álcool) não foram respondidos, apesar de os participantes terem referido acesso à arma e/ou ter resultado de autoestima negativa. Foram validados como não expostos os questionários que apresentaram respostas negativas para acesso à arma, afirmativas para autoestima positiva, porém o item CAGE e uso de drogas ilícitas não foram preenchidos. A representação da exposição à violência exposta na Figura 1 demonstra as relações existentes entre os fatores de risco e seu desfecho. Os dados foram digitados, organizados e tabulados no programa Statistical Package for the Social Sciences - SPSS, versão 15.0. Posteriormente, realizaram-se testes estatísticos descritivos, medidas de tendência central e dispersão. Para verificar a associação entre as variáveis utilizou-se o teste quiquadrado de Pearson (χ2), num grau de confiabilidade de 95%. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade de Fortaleza e declara-se inexistir conflito de interesse. Resultados A média de idade dos participantes (N = 458) foi de 14,4 anos, com desvio-padrão (DP) de ± 2,50. Dentre as variáveis sociodemográficas e escolares prevaleceu o sexo masculino (52,8%) e o período da adolescência entre 10 a 14 anos (55,2%). Quanto à religião, predominou a católica (62,4%), e em relação à naturalidade, a Região Metropolitana de Fortaleza preponderou (76,4%). Os dados identificaram que as famílias dos adolescentes sobrevivem com menos de um salário mínimo (SM) (36,5%). No que concerne à escola, prevaleceu tempo de estudo < 8 anos (78,6%), gostar de ir à escola (69,3%) e se ausentar da mesma por mais de duas semanas nos últimos 6 meses (58,3%), justificando esse absenteísmo (n=273), por problemas de saúde (35,9%) e familiares (21,6%). Estas famílias englobavam quatro pessoas (22,3%), a densidade demográfica, por domicílio, registrou 4,87 habitantes. A dinâmica familiar desse adolescente caracterizou-se por: residir com um responsável pela família (53,5%) ou com os pais (40,2%), ter pais separados (53,3%), o responsável pela provisão da família ser os pais (3,9%) e a inserção do provedor familiar no mercado de trabalho, formal ou informal (67,0%). Quanto às características familiares, prevaleceu a família monoparental/ampliada (53,5%) e seguida da nuclear (40,2%), o estado civil dos pais destacou a separação (53,3%), o responsável pela provisão da família ser os pais (3,9%) e o provedor familiar está inserido no mercado de trabalho, seja formal ou informal (67,0%). Os adolescentes referiram possuir pais etilistas (32,3%) e terem relações familiares boas ou muito boas (55,7%). Vale salientar que referiram a satisfação dos pais com o rendimento escolar (69,7%) e com as amizades dos filhos (52,4%) e, entre os participantes, predominou o consumo de bebidas alcoólicas nos últimos seis meses (26,2%). Conforme a análise do CAGE21, registrou-se os adolescentes que fizeram uso abusivo de álcool (13,5%) e o alto risco para o uso abusivo (4,6%). Além disso, identificou-se o uso de drogas ilícitas (23,8%) e o acesso à arma (26,9%). Ao avaliarmos a autoestima, prevaleceu uma forma positiva (70,7%). Considerando-se os fatores de risco à exposição à violência, encontrou-se que 17,7% (n = 71/casos válidos) estão expostos a este agravo (Tabela 1). Na associação observada entre variáveis sociodemográficas e escolares e a exposição à violência, prevaleceu o sexo masculino (11,7%), período da adolescência entre 10 a 14 anos (9,2%), católicos (10,1%), naturais da Região Metropolitana de Fortaleza (12,0%), renda salarial familiar menor que 2 SM (18,2%), tempo de estudo < 8 anos (13,7%), gostarem de ir à escola (12,1%) e o absenteísmo escolar (13,9%) (Tabela 2). Tabela 1. Distribuição do uso de álcool, drogas ilícitas, acesso à arma e autoestima entre adolescentes de uma comunidade de baixa renda. Fortaleza (CE), 2009. (N = 458) Tabela 2. Perfil sociodemográfico e escolar à exposição à violência entre adolescentes de uma comunidade de baixa renda. Fortaleza (CE), 2009. Houve associação direta entre ser natural da Região Metropolitana de Fortaleza (p = 0,020), absenteísmo escolar (p < 0,001) e tempo de estudo (p = 0,009) com a exposição à violência. Na associação entre variáveis familiares e a exposição à violência, predominou famílias monoparental/ampliada (10,1%), pais separados (11,2%), responsável financeiro pela família sendo os pais (0,8%), responsável trabalhando (12,3%), pais ou responsáveis etilistas (12,9%), relações familiares muito boas/boas (13,5%), satisfação dos pais com rendimento escolar (14,6%) e amizades (8,4%) (Tabela 3). Tabela 3. Características familiares à exposição à violência entre adolescentes de uma comunidade de baixa renda. Fortaleza (CE), 2009. (N = 458) Encontrou-se associação direta entre o responsável financeiro pela família (p = 0,026), pais ou responsáveis etilistas (p < 0,001), relações familiares (p = 0,009) e não satisfação dos pais com amizades dos filhos (p < 0,001) com a exposição à violência. Discussão Importante destacar como limitação do estudo a dificuldade de ajuste de alguns fatores analisados e seu pertencimento aos níveis do modelo ecológico, em função da complexidade e polissemia com que o fenômeno se apresenta. Desta forma, as autoras justificam que nem todas as variáveis apresentadas estarão, necessariamente, inseridas nos níveis do modelo. Contudo esse fato não suprime a importância do estudo ao evidenciar as associações de alguns fatores com a exposição à violência no contexto comunitário. Embora estudos demonstrem a associação entre a variável sexo e adolescentes em situações de vulnerabilidade social11,14,24 no que se refere à exposição à violência, o que não ocorreu nesta investigação. As questões de gênero, aqui representadas pela variável sexo, suscitam reflexões. A sociedade perpetua as diferenças culturais na formação dos meninos e das meninas, reproduzidas pelo modo como as famílias conduzem a educação e a socialização dos seus filhos. A literatura reitera que os meninos, além de se envolverem com eventos violentos, enquanto agressores, também estão mais expostos a serem vítimas deles25. Os achados do estudo corroboram a literatura ao predominar o sexo masculino entre os adolescentes expostos à violência. Existem evidências de uma continuidade no comportamento violento da infância à adolescência e da adolescência à fase adulta26, o que torna o adolescente mais vulnerável à violência devido a sua faixa etária27, pois a idade influencia sobre seu comportamento28. Dentre os resultados, o período compreendido entre 10 - 14 anos, apesar de não representar associação direta, prevaleceu entre os participantes (p = 0,981). No Brasil, sobretudo nas regiões metropolitanas e nos grandes centros urbanos, a violência tende a persistir e a ser utilizada como recurso por pessoas e grupos para conquistar mercados e poder14. Neste sentido, encontrou-se que ser da região metropolitana é fator de risco para a exposição à violência na comunidade, dado este registrado em outros estudos29,30. Esta discussão pode estar respaldada pela dinâmica cotidiana dessas metrópoles, com ocorrências sistemáticas de festividades nos finais de semana, o deslocamento frequente entre cidades circunvizinhas, disputas de poder entre "tribos", status, maior disparidade entre as classes sociais, possibilitando conjunturas mais propicias às situações de violência31,32. Outra probabilidade explicativa é a expansão industrial33, e, com isso, maior concentração de pessoas e a ocorrência de eventos trabalhistas, culturais e mesmo científicos (congressos) que fomentam episódios que podem desencadear circunstâncias violentas. Dentre os cenários de violência para o adolescente, identificamos a residência, a escola e suas redondezas. Um ambiente importante para a formação do adolescente é a escola, pois traz a tona discussões práticas acerca de sua formação e deve valorizar que a ternura e a cumplicidade solidária devem estar presentes nos atos e na comunidade9. Estudo15 afirma o baixo nível de escolaridade (pouco tempo de estudo) entre jovens envolvidos em situações de violência. Nesta pesquisa, possuir pouco tempo (< 8 anos) de estudo esteve associado à exposição da violência (p = 0,009). Os adolescentes que não gostam de ir à escola alegam desinteresse, conflitos, fracasso escolar, suspensão de aula e muitas vezes tendem ao abandono, isso representa uma dificuldade para as escolas mantê-los em sala de aula34. Diante dessa casuística, neste estudo, gostar de ir a escola é um fator protetor à exposição à violência (p = 0,487). As políticas públicas25,35 preconizam a importância da escola como um local singular de aglomeração adolescente, para diagnosticar situações limites que desvirtuem a sua cidadania, sugerindo a realização de atividades conjuntas entre escola, serviços de saúde, comunidades e famílias35. Porém, ao se tratar de violência, ações voltadas para a prevenção deste agravo na adolescência devem ser gestadas e implantadas desde a primeira infância36, considerado o período da construção de valores. Durante a adolescência, estas "edificações" são amadurecidas, sendo o reflexo da formação que o mesmo colheu durante sua infância. O ato de não gostar de ir a escola pode retratar, também, a situação em que as escolas públicas se encontram. Inexiste estrutura adequada, quadro docente de qualidade e satisfeito com suas atividades pedagógicas, condições mínimas de favorecer uma discussão fortalecida com um olhar na promoção da saúde. Esta assertiva é respaldada pela literatura37,38. Neste estudo, a autoestima (considerada como fator analítico para a exposição à violência) referida pelos adolescentes mostrou-se positiva. Estudo demonstra que, quando envolvidos em situações de violência, os adolescentes consideram-se detentores de "poder", contribuindo para uma análise favorável de si mesmo39. O esclarecimento da magnitude da autoestima em diversos contextos possibilita o conhecimento de um atributo considerável na elaboração de estratégias na saúde coletiva, para a prevenção de problemas no crescimento e desenvolvimento de adolescentes40. Dessa forma, se o conhecimento da autoestima permite a visualização do aspecto individual do adolescente, ações voltadas à promoção da saúde, abarcando as relações humanas e a sua interface com a eclosão da violência urge ser discutida pela sociedade. No tocante às relações familiares, os resultados deste estudo apontaram que quanto melhor o relacionamento (referido pelo adolescente) com a sua família, maior a exposição à violência. De uma forma geral, ao se aludir a uma boa família, na concepção dos adolescentes pode estar implícita a ideia de liberdade permitida pela família. A repreensão ou imposição de limites pode, em alguns momentos, não ser assimilada por esse grupo como favorável ao crescimento pessoal, pois este período pode caracterizar-se como um momento de crise vital, no qual anseiam por liberdade, negando a noção de limites. Nesta pesquisa, houve ainda associação com a condição de o pai e/ou a mãe serem provedores da família com a exposição dos adolescentes à violência. Adverte-se que esta provisão remete-se ao emprego/trabalho remunerado, não se relacionando com a demonstração e a verbalização dos vínculos afetivos desenvolvidos e próprios do âmago familiar. Destarte, uma das consequências desse trabalho fora do lar possa ser o favorecimento de longos períodos sem a presença dos pais, estando os adolescentes à mercê de suas próprias decisões e escolhas. Ainda em relação ao meio familiar, os adolescentes que não residiam com os pais tornam-se, significativamente, mais expostos à violência, sugerindo que a supervisão parental seja um importante aspecto de proteção24. Estudo realizado com meninos de escolas públicas na cidade de Pittsburgh (EUA) sugeriu que a relação parental autoritária e sem diálogo pode predispor o envolvimento do adolescente com a violência13. Assim, a célula familiar não é a soma dos indivíduos. Esta possui características próprias (em virtude da individualidade) dos membros que a compõe, apresentam fatores e valores distintos, distribuição de funções e papéis, liderança e laços afetivos, relações socioeconômicas e culturais que interferem no relacionamento, nas finanças, na estrutura41 e na dinâmica familiar. O meio social (amizades, escolas e família) transmite ao adolescente o modelo de vida que influencia na expressão do seu comportamento. Isto porque, na vida cotidiana, o convívio social e intrafamiliar refletem no modo de ver e viver no mundo e na forma de encarar a vida42. Dentre a satisfação dos pais com o meio social do adolescente, os tipos de amizades associaram-se diretamente com a violência; o rendimento escolar não foi significante na análise. No nível comunitário, a escola deve planejar ações que permitam a inserção e despertem a motivação desse grupo; perdê-lo desse contexto possibilita a exposição desses jovens à violência. Estudiosos34,36 identificaram múltiplos fatores que favorecem a evasão escolar. Neste estudo, o absenteísmo escolar associou-se diretamente com a exposição à violência. Causas que favorecem o absenteísmo escolar, a exemplo do consumo de drogas lícitas e ilícitas e o uso de armas de fogo, originam uma relação de mão dupla entre a violência e o adolescente. Ao mesmo tempo em que são usadas (droga e arma) para perpetrar atos infracionais, também se mostram na gênese das mortes de adolescentes9. Neste estudo, alguns adolescentes tiveram acesso às armas, ao uso do álcool e/ou ao consumo de drogas ilícitas. O uso de armas brancas ou de fogo não representa por si um ato de violência, mas a expectativa de vivenciá-la10 prediz um comportamento de risco importante e uma atividade predominantemente masculina entre jovens em idade escolar26. O álcool é um importante fator situacional que pode precipitar o envolvimento do adolescente com a violência25,26. Apesar de a lei brasileira proibir a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos43, os adolescentes consomem álcool no convívio com amigos e familiares, em domicílio ou em ambiente público44. Em diversas circunstâncias, o uso de bebidas alcoólicas torna-se a porta de entrada para o uso abusivo e o início do consumo de drogas ilícitas45. A literatura evoca que a qualidade do convívio existente entre os pais e os jovens pode ser determinante, tanto no envolvimento, quanto no aparecimento de desfechos decorrentes deste agravo22, como o uso de álcool41, que, nesta pesquisa, apresentou associação direta entre exposição da violência e o adolescente dizer que os pais são etilistas (p < 0,001). Corroborando a importância do contexto familiar como proteção ou risco para a violência, Horta et al.10 reafirmam que, atualmente, as famílias estão com diversos arranjos, facilitando a exposição do adolescente à violência. Apesar de nesta investigação o tipo de organização da família (p = 0,083) e ter pais separados (p = 0,188) não se associarem com a exposição do adolescente à violência, estas dimensões suscitam monitoramento e demandam novas pesquisas para o delineamento de estratégias preventivas, promotoras de saúde e transformação social. Esta multideterminação acarreta desafios que se perpetuam entre conter o adolescente à exposição à violência e criar estratégias que o proteja, tornando-se foco das políticas públicas para proporcionar uma rede de apoio ao cuidado com o adolescente. Sinaliza ainda a desorganização social e a política dos grandes centros urbanos. Conclusão O estudo identificou, a partir da análise de características sociodemográficas, de familiares, da utilização de arma de fogo e/ou branca, do uso do álcool e/ou droga ilícita à exposição de adolescentes à violência, em uma comunidade de baixa renda, situada em capital do nordeste do Brasil. Mostraram-se associados à exposição à violência os seguintes fatores: (i) os adolescentes apresentarem tempo de estudo menor ou igual a oito anos; (ii) absenteísmo escolar por mais de duas semanas nos últimos seis meses; (iii) possuírem pais responsáveis pelo sustento financeiro da família; (iv) seus pais ou responsáveis serem etilistas; (v) os adolescentes afirmarem que as relações familiares são boas/muito boas; (vi) a insatisfação dos pais com as amizades de seus filhos. Diante desse cenário, reconhece-se a importância de se identificar esses fatores para subsidiar o planejamento em saúde e o desenvolvimento comunitário, no enfrentamento do problema. Colaboradores DP Moreira, LJES Vieira e AMJ Pordeus participaram de todas as etapas do estudo. SVG Lira, GLM Luna e JG e Silva contribuíram com a interpretação dos dados e concepção final artigo. MFAS Machado colaborou na revisão crítica do artigo. Agradecimentos À Fundação Cearense de Apoio de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP, ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq (Bolsa Produtividade em Pesquisa) e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES (Bolsa Mestrado). Artigo apresentado em 09/07/2012 Aprovado em 30/08/2012 Versão final apresentada em 24/09/2012 1. Aisenberg E, Ell K. Contextualizing community violence and its effects. J Interpers Violence 2005; 20(7):7855-7871. Contextualizing community violence and its effects J Interpers Violence 2005 7855 7871 7 20 Aisenberg E Ell K 2. Deslandes SF, Souza ER, Minayo MCS, Costa CRBSF, Krempel M, Cavalcanti ML, Lima MLC, Moysés SJ, Leal ML, Carmos CN. Caracterização diagnóstica dos serviços que atendem vítimas de acidentes e violências em cinco capitais brasileiras. Cien Saude Colet 2007; 11(Supl. 1):1279-1290. 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