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Atenção Primária à Saúde no Norte e Nordeste do Brasil: mapeando disparidades na distribuição de equipes

Resumo

Objetiva-se analisar o padrão espacial de implantação de equipes da Atenção Primária à Saúde (APS) no Norte e Nordeste do Brasil em 2017. Estudo ecológico das taxas de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), equipes Saúde da Família (eSF), equipes Saúde Bucal (eSB) e Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), a partir de dados do Ministério da saúde (MS). A análise dos dados de área permitiu a identificação de padrões de dependência espacial dos municípios para as taxas, utilizando os índices e mapas de Moran para visualizar clusters de áreas críticas (95% de confiança). Os municípios do Norte (n=450) e Nordeste (n=1.794) apresentaram 132,2 mil ACS, 18,4 mil eSF, 13 mil eSB e 2,2 mil NASF. A proporção de municípios com taxas dentro do preconizado pelo MS: ACS (>1,33/mil) 96% no Norte e 98,5% no Nordeste; eSF (>2,9/10 mil) 54% e 80% nas respectivas regiões; eSB (>2,9/10 mil) 28% e 59% nestas respectivas regiões. Equipes NASF foram implantadas em 70% do Norte e 89% do Nordeste. Exceto ACS, a região Norte constituiu-se em área crítica de equipes, principalmente no Pará, Rondônia, Amazonas e Amapá. No Nordeste, essas áreas foram menores e concentradas a oeste da Bahia e leste do Maranhão. O Nordeste exibiu melhor composição de equipes e menor extensão de áreas críticas.

Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde; Mão de obra em saúde; Análise espacial

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