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Tempo entre o início dos sintomas e a testagem está relacionado à maior transmissão de SARS-CoV-2 entre contatos familiares

Resumo

O Brasil apresenta um alto número de casos e óbitos por coronavírus (COVID-19), apesar disso, poucos estudos tratavam da infecção pelo coronavirus-2 causador de síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) entre contatos familiares no Brasil. Relatamos aqui nossos achados sobre a transmissão de SARS-CoV-2 em um estudo de base familiar de Bauru, no estado de São Paulo, Brasil. O estudo foi realizado de julho a novembro de 2020 e compreendeu 974 indivíduos, sendo 233 pacientes índice e 741 contatos familiares. Os contatos familiares foram avaliados por meio do teste rápido COVID-19 Ag ECO Test e RT-PCR imediatamente após o diagnóstico do paciente índice. O uso do teste rápido baseado em antígeno foi validado em 121 indivíduos utilizando RT-PCR como padrão ouro. Adicionalmente, 30 dias após a avaliação inicial, os contatos familiares foram avaliados quanto à presença de anticorpos IgM e IgG contra SARS-CoV-2. Encontramos 333 casos de COVID-19 entre contatos familiares (44,9%). Observamos uma correlação positiva entre o tempo decorrido entre o início dos sintomas e o teste para COVID-19 do paciente índice e o número de contatos familiares infectados por SARS-CoV-2. A testagem precoce da infecção por SARS-CoV-2 e a avaliação de contatos familiares são estratégias relevantes para conter a transmissão.

Palavras-chave:
COVID-19; SARS-CoV-2; Pandemia

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