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Não comparecimento na atenção secundária pública em saúde bucal de pacientes pediátricos: estudo transversal em uma grande cidade brasileira

Resumo

O não comparecimento a consultas tem um grande impacto no gerenciamento dos serviços de saúde pública. O objetivo foi avaliar os fatores associados ao não comparecimento às primeiras consultas de pacientes pediátricos nos serviços de atenção secundária em saúde bucal na cidade de Curitiba, Brasil. Um estudo transversal foi desenvolvido com dados secundários obtidos de cadastros eletrônicos da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba. Participaram crianças de 0 a 12 anos de idade encaminhadas para atenção secundária nos anos de 2010 a 2013. Os dados foram analisados pelos testes de qui-quadrado de Pearson e qui-quadrado de tendência linear (α = 0,05). Foram constituídos modelos de regressão logística binária. Foram analisados os dados de 1.663 crianças. A prevalência de não comparecimento às primeiras consultas foi de 28,3%. As variáveis que estiveram associadas ao não comparecimento na análise inferencial (p < 0,05) e no modelo final foram a renda per capita familiar (95% CI: 1,93-2,82) e o tempo de espera em fila virtual (95% CI: 1,000-1,002). Aspectos econômicos e o tempo de espera em fila virtual devem ser considerados no planejamento estratégico dos serviços públicos de saúde bucal, pois podem influenciar o comparecimento de pacientes na atenção secundária.

Assistência odontológica; Atenção secundária à saúde; Odontopediatria

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