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Mortalidade de ciclistas no município de São Paulo, Brasil: características demográficas e tendências recentes

Cyclist mortality in the municipality of São Paulo, Brazil: recent demographic characteristics and trends

Resumo

A bicicleta é um transporte barato e saudável, porém os acidentes constituem sua externalidade negativa. Objetivou-se descrever as características dos óbitos de ciclistas, sua evolução recente e o papel da estrutura cicloviária no município de São Paulo. Estudo descritivo utilizando informações do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM-DATASUS) entre 2000-2017. A relação entre taxa de mortalidade de ciclistas e malha cicloviária foi avaliada por meio de teste de correlação de Pearson. Foi realizada uma comparação com as viagens de bicicleta no mesmo período. O perfil sociodemográfico dos óbitos foi comparado com o da população geral. A taxa de mortalidade atingiu pico de 7,91/milhão de habitantes em 2006 e diminuiu até 1,8/milhão em 2017; neste período houve aumento das viagens de bicicleta e da estrutura cicloviária. Observou-se correlação negativa entre a taxa de mortalidade e a estrutura cicloviária. A análise dos óbitos indica perfil predominantemente masculino, branco, jovem, com ≤7 anos de estudo; 65% morreram em colisão com veículos. Observou-se diminuição dos óbitos de ciclistas no município de São Paulo correlacionada ao incremento de ciclovias a partir de 2008, em um cenário de aumento da demanda por transporte em bicicleta.

Palavras-chave:
Epidemiologia descritiva; Ciclismo; Acidentes de trânsito; Mortalidade

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