O suporte das redes sociais é um aspecto fundamental para a inclusão social de pessoas com transtornos mentais. Neste artigo buscou-se identificar e analisar as dificuldades e as possibilidades de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em construir sua rede social ampliada. Utilizou-se a abordagem qualitativa como metodologia de pesquisa e como referencial filosófico de suporte. Para o desenvolvimento da pesquisa foi utilizada a teoria sobre o cotidiano de Ágnes Heller. Os sujeitos desta investigação foram usuários de CAPS e pessoas de sua rede social. Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas e para a apuração dos dados a Análise do Discurso. Foi identificado que mesmo vivendo na comunidade esta população muitas vezes está segregada, isolada da convivência com outras pessoas; ocorrendo o processo de exclusão social. Porém, o CAPS é um espaço de pertencimento e acolhimento, que inegavelmente produz mudanças favoráveis na vida dos usuários. As pessoas com transtornos mentais também têm conseguido se relacionar com os demais; utilizando as oportunidades disponíveis, eles fazem novos amigos e mantêm as amizades que já existiam. É justamente a convivência na comunidade que favorece a formação de relacionamentos.
Saúde mental; Rede social; Relações interpessoais; Preconceito e participação social