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Transtornos mentais na gravidez e condições do recém-nascido: estudo longitudinal com gestantes assistidas na atenção básica

Resumo

O objetivo do estudo foi verificar a presença e a associação entre diagnósticos prováveis de transtornos mentais em gestantes da atenção básica e condições dos recém-nascidos. Estudo longitudinal com gestantes (18 a 39 anos), no segundo e terceiro trimestres da gravidez, assistidas na atenção básica da região Metropolitana de São Paulo (fevereiro a agosto/2014). Foram aplicados: questionário sociodemográfico, instrumento para Avaliação de Transtornos Mentais na Atenção Primária e entrevista sobre informações e percepção do comportamento do recém-nascido. Das 300 gestantes entrevistadas, 76 apresentaram diagnóstico provável de transtorno mental, sendo que 46 apresentavam sintomas de depressão/distimia e 58, ansiedade/pânico. Observou-se baixo peso ao nascer e prematuridade em 14 e 19 dos recém-nascidos, respectivamente, e não foi verificada associação com diagnósticos prováveis de transtorno mental; a presença destes associou-se com a percepção materna de alterações no comportamento do recém-nascido. Gestantes em acompanhamento de pré-natal de baixo risco apresentam frequência relevante de transtornos mentais, logo, a identificação dessas alterações na gestação pode colaborar para melhor compreensão da dinâmica do binômio mãe-filho e na qualidade na assistência à família.

Gestação; Transtornos mentais; Peso ao nascer; Prematuro

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