Acessibilidade / Reportar erro

Determinantes socioeconômicos e demográficos na assistência à fratura de fêmur em idosos

Resumo

A fratura de fêmur afeta os idosos apresentando alta morbimortalidade. O objetivo do estudo foi analisar o perfil da assistência à fratura de fêmur em idosos, relacionando às condições socioeconômicas e demográficas, no Paraná entre os anos 2008 a 2013. As relações foram obtidas por meio de análise fatorial e construção dos índices: PAI - potencial de atenção ao idoso, cuja variável foi representada pelo PIB municipal idoso; PAP - potencial de atenção à população, representado pelo PIB per capta; e ET - eficiência do tratamento representado pela taxa anual de fraturas e taxa anual de óbitos por residência. Os municípios foram classificados de acordo com a faixa de variação por índice. Em relação ao PAI, 10 municípios foram classificados com baixo potencial de atenção ao idoso; 357 com moderado potencial; e 32 com baixo potencial. Em relação ao PAP, 12 municípios foram classificados com alto potencial de atenção à população; 303 com moderado potencial; e 84 com baixo potencial. Em relação ao ET, 109 municípios apresentaram alta eficiência do tratamento; 110 com moderada eficiência; e 180 com baixa eficiência. Conclui-se que o desempenho da economia exerce significativa influência na assistência à fratura de fêmur em idosos.

Palavras-chave
Fraturas femorais; Envelhecimento; Condições socioeconômicas

Abstract

Femur fracture affects the elderly with high morbidity and mortality. The purpose of the present study was to analyze the profile of the assistance given to the elderly who have femoral fractures, relating to their socioeconomic and demographic conditions, in the state of Paraná between the years 2008 to 2013. These relationships were obtained through factor analysis and the development and analysis of the following rates: PAE - the potential of primary health care to the elderly, whose variable was represented by the contribution of the elderly to the municipal GDP, PAP - the potential of the primary health care to the population, represented by GDP per capita and TE - treatment efficiency represented by the annual rate of fractures and annual rate of death per residence. The municipalities were classified according to the rate variation range. In relation to PAE, 10 municipalities were classified with low potential of care for the elderly, 357 with moderate potential and 32 had low potential. In relation to PAE, 12 municipalities were classified with low potential of primary care for the elderly, 303 with moderate potential and 84 had low potential. In relation to TE, 109 municipalities showed high treatment efficiency, 110 with moderate efficiency and 180 had low efficiency. Our conclusion was that the performance of the economy exerts significant influence on femoral fracture morbidity in the elderly.

Key words
Femoral fractures; Aging; Socioeconomic conditions

Introdução

O Brasil passa por importantes mudanças demográficas e acelerado processo de envelhecimento populacional. No ano 2000, 5,61% da população do país era composta por pessoas com 65 anos ou mais e aumentou para 6,78% em 2010 e, estima-se que alcançará 11,3%, em 202511. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Projeções e estimativas da população do Brasil e das Unidades da Federação. 2016. [acessado 2016 Dez 30]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/
http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/pr...
. A região Sul concentra o maior número de idosos (14,4%) do país e no Estado do Paraná esse número representa 11,21% da população22. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). Caracterização do Território. Caderno Estatístico. 2015 [acessado 2016 Ago 7]. Disponível em: http://www.ipardes.pr.gov.br/index.php?pg_conteudo=1&cod_conteudo=30
http://www.ipardes.pr.gov.br/index.php?p...
. Este novo cenário desperta preocupação e tem sido foco das políticas públicas, visto que as morbidades relacionadas a essa faixa etária são custosas ao sistema de saúde33. Kernkamp CL, Costa CKF, Massuda EM, Silva ES, Yamaguchi MU, Bernuci MP. Perfil de morbidade e gastos hospitalares com idosos no Paraná, Brasil, entre 2008 e 2012. Cad Saúde Pública 2016; 32(7):1-13..

A fratura do fêmur emerge como um dos principais problemas de saúde associada ao envelhecimento da população44. Soares DS, Mello LM, Silva AS, Martinez EZ, Nunes AA. Femoral fractures in elderly Brazilians: a spatial and temporal analysis from 2008 to 2012. Cad Saúde Pública 2014; 30(12):2669-2678.66. Franco LG, Kindermann AL, Tramujas L, Kock KS. Factors associated with mortality among elderly people hospitalized due to femoral fractures. Rev Bras Ortop 2016; 51(5):509-514., responsável por elevadas taxas de morbimortalidade77. Karademir G, Bilgin Y, Erşen A, Polat G, Buget MI, Demirel M, Balcı HI. Hip fractures in patients older than 75 years old: Retrospective analysis for prognostic factors. Int J Surg 2015; 24(Pt A):101-104.,88. Rosso F, Dettoni F, Bonasia DE, Olivero F, Mattei L, Bruzzone M, Marmotti A, Rossi R. Prognostic factors for mortality after hip fracture: Operation within 48 hours is mandatory. Injury 2016; 47(Supl. 4):S91-S97. e pelo comprometimento da qualidade de vida da população idosa99. Moloney GB, Pan T, Van Eck CF, Patel D, Tarkin I. Geriatric distal femur fracture: Are we underestimating the rate of local and systemic complications? Injury 2016; 47(8):1732-1736.1111. Khow KS, Shibu P, Yu SC, Chehade MJ, Visvanathan R. Epidemiology and Postoperative Outcomes of Atypical Femoral Fractures in Older Adults: A Systematic Review. J Nutr Health Aging 2017; 21(1):83-91.. Embora alterações na densidade óssea em consequência de osteoporose1212. Zhu L, Jiang X, Sun Y, Shu W. Effect of hormone therapy on the risk of bone fractures: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Menopause 2016; 23(4):461-470.1414. Lucato P, Trevisan C, Stubbs B, Zanforlini BM, Solmi M, Luchini C, Girotti G, Pizzato S, Manzato E, Sergi G, Giannini S, Fusaro M, Veronese N. Nephrolithiasis, bone mineral density, osteoporosis, and fractures: a systematic review and comparative meta-analysis. Osteoporos Int 2016; 27(11):3155-3164. tenham sido amplamente associados à incidência de fratura de fêmur em idosos, pouco ainda se conhece sobre o perfil desta morbidade durante diferentes condições.

Entre os estudos que associam fatores étnicos e demográficos à fraturas, em especial de idosos, poucos examinam aspectos vinculados a questões sociais e econômicas1515. Benetou V, Orfanos P, Feskanich D, Michaëlsson K, Pettersson-Kymmer U, Ahmed LA, Peasey A, Wolk A, Brenner H, Bobak M, Wilsgaard T, Schöttker B, Saum KU, Bellavia A, Grodstein F, Klinaki E, Valanou E, Papatesta EM, Boffetta P, Trichopoulou A. Education, marital status, and risk of hip fractures in older men and women: the CHANCES project. Osteoporos Int 2015; 26(6):1733-1746.1818. Oliveira CM, Alves SM, Pina MF. Marked socioeconomic inequalities in hip fracture incidence rates during the Bone and Joint Decade (2000-2010) in Portugal: age and sex temporal trends in a population based study. J Epidemiol Community Health 2016; 70(8):755-763., e uma minoria avaliam a influência da renda1919. Oliveira CM, Economou T, Bailey T, Mendonça D, Pina MF. The interactions between municipal socioeconomic status and age on hip fracture risk. Osteoporos Int 2015; 26(2):489-498.,2020. Kristensen PK, Thillemann TM, Pedersen AB, Søballe K, Johnsen SP. Socioeconomic inequality in clinical outcome among hip fracture patients: a nationwide cohort study. Osteoporos Int 2016; 28(4):1233-1243.. Evidências dos efeitos positivos da riqueza sobre a oferta de serviços e disponibilização de infraestrutura em saúde2121. Bassani DG, Corsi DJ, Gaffey MF, Barros AJ. Local distributions of wealth to describe health inequalities in India: a new approach for analyzing nationally representative household survey data, 1992-2008. PLoS One 2014; 30; 9(10).2323. Mullachery P, Silver D, Macinko J. Changes in health care inequity in Brazil between 2008 and 2013. Int J Equity Health 2016; 17;15(1):140. reforça a interferência do desenvolvimento socioeconômico no perfil das morbidades.

Dessa forma, entende-se que a saúde é determinada nos diversos ciclos da vida e construída pelas condições sociais, econômicas e ambientais, impactando, portanto na qualidade de vida, em especial quando o indivíduo atinge a senescência2424. Geib LT. Social determinants of health in the elderly. Cien Saude Colet. 2012; 17(1):123-33.2727. RUBIN L. Social Determinats of Health. In: Rubin L, Merrick j, Greydanus DE, Patel DR, organizadores. Health Care for People with Intellectual and Developmental Disabilities across the Lifespan. Suiça: Springer, 2016, p. 1919-1932, 2016.. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar o perfil da assistência à fratura de fêmur em idosos, relacionando às condições socioeconômicas e demográficas, no estado do Paraná, entre os anos 2008 a 2013.

Métodos

Trata-se de um estudo quantitativo do tipo retrospectivo da área interdisciplinar. A população do estudo foi composta por dados de idosos com 60 anos ou mais, vítimas de fratura de fêmur internados entre o período de janeiro de 2008 a dezembro de 2013, atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos municípios do Estado do Paraná. O estudo obteve aprovação pelo comitê de ética em pesquisa do Centro Universitário de Maringá sob parecer número 1.359.807.

As informações foram coletadas em banco de dados público por meio do programa TabNet (versão 3.6 do TAB para Windows), disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS2828. Brasil. Ministério da Saúde. Portal da Saúde – DATASUS. Informações de Saúde. Tabnet [Internet]. 2008-2013 [acessado 2015 Maio 04]. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index...
(http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php), referente a internações hospitalares (SIH) de idosos internados pelo SUS. Foram coletados os seguintes dados: idade dos idosos, ano de internação, classificação das fraturas de fêmur conforme código relativo à Classificação Internacional de Doenças (CID-10)2828. Brasil. Ministério da Saúde. Portal da Saúde – DATASUS. Informações de Saúde. Tabnet [Internet]. 2008-2013 [acessado 2015 Maio 04]. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index...
, número de óbitos por local de residência e número de fraturas de fêmur por local de residência.

Os dados referentes ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHm), Produto Interno Bruto (PIB) e PIB per capita, foram obtidos no Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social – IPARDES2929. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). Indicadores [Internet]. 2008-2013 [acessado 2015 Out 13]. Disponível em: http://www.ipardes.gov.br/index.php?pg_conteudo=1&cod_noticia=701.
http://www.ipardes.gov.br/index.php?pg_c...
(http://www.ipardes.gov.br/) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE3030. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. [Internet] Histórico Infográgico [acessado 2016 Ago 07]. Disponível em: http://ibge.gov.br/cidadesat/painel/historico.php?lang=&codmun=412627&search=parana|saudade-do-iguacu|infograficos:-historico
http://ibge.gov.br/cidadesat/painel/hist...
– (http://www.ibge.gov.br/home/) dos 399 municípios do Estado do Paraná. Para o presente estudo, o PIB dos municípios foi dividido pelo número de idosos residentes em cada um deles a fim de demover o efeito das diferenças na proporção de idosos. Dessa forma, o nível de riqueza dos municípios representados pelo PIB foi retratado de modo que contemplasse a população de idosos.

Tipologia dos municípios do estado do Paraná

Para a construção da tipologia dos grupos homogêneos dos municípios, primeiramente foi empregada a técnica multivariada análise fatorial (AF). O principal objetivo dessa etapa foi a obtenção dos escores fatoriais. A AF identifica um número relativamente pequeno de fatores que podem ser usados para representar relações entre muitas variáveis que estão interrelacionadas. O modelo matemático envolvido é similar à equação de regressão múltipla, onde cada variável é expressa como uma combinação linear dos fatores não observados:

X 1 μ 1 = a 11 F 1 + a 12 F 2 + ... + a 1 m F m + ε 1 X 2 μ 2 = a 21 F 1 + a 22 F 2 + ... + a 2 m F m + ε 2 X 3 μ 3 = a 31 F 1 + a 32 F 2 + ... + a 3 m F m + ε 3 ... X p μ p = a p 1 F 1 + a p 2 F 2 + ... + a pm F m + ε p

Onde:

Aij = cargas fatoriais;

F1, F2,…, Fm = fatores comuns;

ε1, ε1,…, εp = erros ou fatores específicos.

Embora seja possível que todas as variáveis contribuam para um determinado fator, somente um subconjunto delas vai realmente caracterizá-lo. Assim o modelo fatorial supõe que as variáveis podem ser agrupadas por suas correlações em que aquelas pertencentes a um mesmo grupo são altamente correlacionadas entre si. Posteriormente, a partir dos escores fatoriais3131. Johson RA, Wichern DW. Applied Multivariate Statistical Analysis. In: Matrix Algebra and Randon Vectors. New Jersey: Prentice Hall; 1982. p. 49-103. foram calculados três índices: potencial de atenção ao idoso (PAI), potencial de atenção à população (PAP) e eficiência do tratamento (ET). Para o cálculo dos índices utilizou-se a seguinte expressão:

(1) Índice = escore observado – escore mínimo escore máximo – escore mínimo

Em função dos índices criados, os municípios foram classificados em um de três possíveis grupos. No Quadro 1 são apresentados os intervalos de variação dos índices para cada grupo:

Quadro 1
Intervalos de variação para os índices PAI, PAP e ET utilizados para classificar os municípios.

Neste caso, quanto maior o valor do índice obtido, melhor a classificação do município, em relação aos índices PAI e PAP. Já para o índice ET a melhor eficiência é traduzida pelos menores valores. Foram estabelecidos três grupos de municípios.

Caracterização dos grupos de municípios

A descrição dos grupos homogêneos de municípios consistiu em tabelas de frequências e medidas descritivas, tais como média, desvio-padrão, máximo e mínimo. Os dados foram analisados no programa Statistical Analysis Software (SAS, version 9.4) a partir de uma base de dados construída por meio do aplicativo Excel3232. Stokes ME, Davis CS, Koch GG. Categorical data analysis using SAS system. USA: SAS Institute Inc. 2000..

Agrupamentos dos municípios

A partir da matriz de dados cujas colunas continham informações do PIB per capita (pp2008, pp2009, pp2010, pp2011, pp2012 e pp2013), do PIB municipal (pm2008, pm2009, pm2010, pm2011, pm2012 e pm2013), da taxa anual de fraturas (%), (TFLR), da taxa anual de óbitos (%), (TOLR) e taxa de sobrevivência (TSOB) por local de residência, para os anos de 2008 a 2013, realizou-se a AF. Adotou-se o critério de Kaiser para a escolha dos fatores a reter (autovalores maiores que 1) para escolha do número de fatores.

O modelo de AF apresentou bom ajuste (KMO = 0,75) e foi possível identificar três fatores, os quais explicam 85,52% variância total dos dados. Na Tabela 1 é possível avaliar os três fatores retidos. O primeiro autovalor (λ1 = 7,11) explica 47,40% da variância total e está relacionado ao PAI traduzindo o PIB municipal. Foi assim nomeado devido ao fator retido ser o PIB municipal. O segundo autovalor (λ2 = 3,94) explica 26,32% da variância total e traduz o PAP e é representado pelo PIB per capita do município. O terceiro autovalor (λ2 = 1,77) explica 11,80% da variância total e traduz a ET, pois é representado pelas TFLR por 1000, pela TOLR por 1000 e pela TSOB por 100%.

Tabela 1
Autovalores, código e nome da variável e cargas fatoriais para os três primeiros fatores retidos. Paraná, 2008-2013.

Resultados

Em relação ao PAI, os municípios foram agrupados em três grupos. O primeiro foi composto pelos municípios (n = 10) que apresentaram alto PAI (PAI ≥ 10); o segundo, pelos municípios (n = 357) com moderado (5 ≤ PAI < 10); e o terceiro (n = 32), por aqueles com baixo (PAI < 5) (Figura 1).

Figura 1
Mapa do potencial de atenção aos idosos com fratura de fêmur por município de residência. Paraná, 2008-2013.

Para o PAP também foram considerados três grupos. O primeiro foi composto pelos municípios (n = 12) que apresentaram alto PAP (PAP ≥ 20); o segundo, pelos municípios (n = 303) com moderado (10 ≤ PAP < 20); e o terceiro (n = 84), por aqueles com baixo (PAP < 10) (Figura 2).

Figura 2
Mapa do potencial de atenção à população por município de residência. Paraná, 2008-2013.

Para a ET também foram considerados três grupos. O primeiro foi composto pelos municípios (n = 109), que apresentaram alta ET (ET ≥ 20); o segundo, pelos municípios (n = 110) com moderada (10 ≤ ET < 20); e o terceiro (n = 180), por aqueles com baixa (ET < 10) (Figura 3).

Figura 3
Mapa de eficiência do tratamento das fraturas de fêmur dos idosos por município de residência Paraná, 2008-2013.

Discussão

O PAI reteve o PIB municipal como principal variável explicativa. O PIB representa a atividade econômica dos municípios e reflete, portanto, a produção de bens e serviços total de cada um deles, em termos monetários2929. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). Indicadores [Internet]. 2008-2013 [acessado 2015 Out 13]. Disponível em: http://www.ipardes.gov.br/index.php?pg_conteudo=1&cod_noticia=701.
http://www.ipardes.gov.br/index.php?pg_c...
. É um dos indicadores mais utilizados na economia para mensurar a atividade econômica de uma região, de forma que quanto maior o PIB, maior a riqueza gerada pelo município, estado ou país. Teoricamente, presume-se que o PIB municipal represente os recursos que o município possui e pode ser viabilizado em investimentos e ações direcionados para o idoso3030. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. [Internet] Histórico Infográgico [acessado 2016 Ago 07]. Disponível em: http://ibge.gov.br/cidadesat/painel/historico.php?lang=&codmun=412627&search=parana|saudade-do-iguacu|infograficos:-historico
http://ibge.gov.br/cidadesat/painel/hist...
.

No grupo I estão relacionados os municípios mais desenvolvidos em termos de atividade econômica, apresentando a maior densidade demográfica e representam, em sua maioria, os valores mais elevados de PIB municipal do estado. Esses municípios ocupam as primeiras posições no ranking estadual: 1º Curitiba; 2º São José dos Pinhais; 3º Londrina; 4º Araucária; 5º Maringá; 6º Ponta Grossa; 7º Foz do Iguaçú; 8º Cascavel; 9º Paranaguá e 10º Pinhais3333. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE [Internet]. Produto Interno Bruto dos Municípios [acessado 2016 Dez 30]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/pibmunicipios/2010_2013/default.shtm
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/...
. Os municípios mais populosos possuem maior infraestrutura e são menos dependentes do Estado e da União por possuírem maior capacidade de gerar receitas próprias3434. Barbosa OC, Nascimento SP, Dalmas JC. Uma Análise das condições de saúde nos municípios paranaense. Rev. Economia & Região 2015; 1(2):47-71..

No grupo II, de moderado PAI, observa-se que os municípios, em sua maioria, estão no entorno daqueles com maior atividade econômica e que compõem o grupo I. Supõe-se que a população usufrua da infraestrutura e serviços em saúde existentes nos municípios do grupo I, repercutindo favoravelmente no estado de saúde da população idosa do grupo II3535. Kernkamp CL, Costa CKF, Massuda EM, Silva ES, Yamaguchi, MU, Bernuci, MP. Perfil de morbidade e gastos hospitalares com idosos no Paraná, Brasil, entre 2008 e 2012. Cad Saúde Pública 2016; 32(7):1-14.,3636. Bortolon PC, Andrade CLT, Andrade CAF. O perfil das internações do SUS para fratura osteoporótica de fêmur em idosos no Brasil: uma descrição do triênio 2006-2008. Cad Saúde Pública 2011: 27(4):733-42..

A associação entre saúde e renda foi discutida em artigo seminal de Preston3737. Preston SH. The Changing Relation between Mortality and Level of Economic. Development Population Studies 1975: 29(2):231-48. que identificou forte correlação entre expectativa de vida e renda nacional per capita, mostrando a relação positiva entre as variáveis. Os países mais ricos apresentam maior expectativa de vida do que os mais pobres, apontando benefícios do crescimento econômico para a saúde3838. Pelegrini ML, Castro JD. Expectativa de vida e gastos públicos em saúde. Análise Econômica 2012; 30(n. especial):97-107.4040. Hajebi, E, Javad, RM. Effect of Income Inequality on Health Status in a Selection of Middle and Low Income Countries. Equilibrium. Quarterly Journal of Economics and Economic Policy 2014; 9(3):133-152..

Além da riqueza, são essenciais para a saúde, as comunidades e vizinhanças, o acesso aos bens básicos de investimento em infraestrutura, tais como abastecimento de água, saneamento, eletricidade, pavimentação das vias de comunicação para os lares, planejamento urbano, transportes ativos, mercado que promova um estilo de vida saudável4141. Carvalho, AI. Determinantes sociais, econômicos e ambientais da saúde. In: Fundação Oswaldo Cruz, organizador. A saúde no Brasil em 2030 - prospecção estratégica do sistema de saúde brasileiro: população e perfil sanitário. Rio de Janeiro: Fiocruz/Ipea/Ministério da Saúde/Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 2013. v. 2, p. 19-38.. Dados comprovam que as ações do SUS não possuem relação direta com a baixa renda do município e de suas microrregiões2222. Cielo ID, Schmidr CM, Wenningkamp KR. Políticas Públicas de Saúde no Brasil: Uma Avaliação do IDSUS no Estado do Paraná. DRD – Desenvolvimento Regional em Debate 2015; 5(1):211-220.. Destaca-se que baixo nível de desenvolvimento de uma população não reflete necessariamente escassez de recursos financeiros, pois se fosse assim, todas as carências de um município estariam sanadas a partir de seu crescimento4242. Rosado PL, Rossato MV, Lima JE. Análise do Desenvolvimento Socioeconômico das Microrregiões de Minas Gerais. Revista Econômica do Nordeste 2009: 40(2). p.297-310.,4343. Organization for Economic Co-operation and Development - OECD. Growing Unequal? Income distribution and poverty in OECD countries. Geneva: OECD 2008..

De acordo com os resultados encontrados referentes ao PAI, em que a renda constitui fator explicativo importante como variável socioeconômica na fratura de fêmur dos idosos, apesar de não se poder atribuir por si só a relação direta, supõe-se que o crescimento e o desempenho econômico contribuem de modo decisivo para o bem-estar e saúde da população idosa. Isso pode ocorrer de forma tangível na construção de estrutura física por meio de facilitação de acesso aos ambientes diversos, ou mediante a atenção consolidada sob a forma de informação, esclarecimentos, práticas de promoção de saúde, entretenimento, empoderamento,, entre outros, sendo imprescindível o acesso a esse universo de ações.

Um elevado PIB possibilita a ampliação dos investimentos em saúde por parte do município, amparado legalmente pela emenda Constitucional 29 de 13 de setembro de 2000, que estabeleceu a co-participação da União, dos Estados e dos municípios no financiamento do SUS. A participação da União está vinculada ao desempenho do PIB e os municípios destinam parcela de receitas provindas do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) às ações e serviços públicos em saúde4444. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Gestão Financeira do Sistema Único de Saúde - Manual Básico. Brasília: MS; 2003..

O posicionamento dos municípios nos diferentes grupos do PAP manifesta a relação atividade econômica (PIB) e o número de habitantes. Sendo assim, uma maior população relativa à geração de riqueza pulveriza-se colocando municípios de maior porte e mais ricos em posição inferior nos grupos4545. van Deurzen I, van Oorschot W, van Ingen E (2014) The Link between Inequality and Population Health in Low and Middle Income Countries: Policy Myth or Social Reality? Plows One 2014; 9(12):1-22.. Ultrapassado determinado nível de PIB per capita, a forma da distribuição de riqueza torna-se mais importante para explicar a situação de saúde da população4646. Buss PM, Pellegrini Filho A. Iniquidades em saúde no Brasil, nossa mais grave doença: comentários sobre o documento de referência e os trabalhos da Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde. Cad Saúde Pública 2006; 22(9):2005-2008.. Esta constatação remete a Preston3737. Preston SH. The Changing Relation between Mortality and Level of Economic. Development Population Studies 1975: 29(2):231-48., que afirma que em níveis mais elevados de rendimento, suplantado determinado limite, há pouca correspondência entre expectativa de vida e renda nacional4747. Jakubowska A, Horváthová. Economic Growth and Health: a Comparative Study of the EU Countries, Economics and Sociology 2016 (3):158-168.4949. Husain, MJ. Revisiting the Preston Curve: An Analysis of the Joint Evolution of Income and Life Expectancy in the 20th Century [Internet], USA: Keele Univesity, 2011. [acessado 2015 Out 13]. Disponível em: https://www.keele.ac.uk/media/keeleuniversity/ri/risocsci/docs/economics/workingpapers/LeY_KeeleEconWP_JamiHusain.pdf
https://www.keele.ac.uk/media/keeleunive...
.

A coesão social e participação política são fatores que exercem impacto sobre a situação de saúde da população. Grandes iniquidades de renda causam baixos níveis de coesão social e baixa participação política, provocando menor investimento em capital humano e em redes de apoio social, considerados elementos primordiais para a promoção e proteção da saúde4646. Buss PM, Pellegrini Filho A. Iniquidades em saúde no Brasil, nossa mais grave doença: comentários sobre o documento de referência e os trabalhos da Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde. Cad Saúde Pública 2006; 22(9):2005-2008.. Da mesma forma, a associação entre governança democrática e saúde sugere que a organização política das sociedades pode ser um importante determinante a montante da saúde da população5050. Krueger PM, Dovel, K, Denney, JT. Democracy and Self-Rated Health across 67 Countries: A Multilevel Analysis. Soc Sci Med. 2015 Oct; 143: 137–144..

Os municípios com moderada ET além de possuírem maior proporção de idosos, provavelmente, acabam recebendo o contingente populacional de cidades metropolitanas vizinhas de menor porte, em busca de tratamento de saúde. Ao mesmo tempo, nessas localidades encontra-se a maior concentração idosos longevos em números absolutos (acima de 80 anos)3333. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE [Internet]. Produto Interno Bruto dos Municípios [acessado 2016 Dez 30]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/pibmunicipios/2010_2013/default.shtm
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/...
. O aumento na longevidade da população desencadeia a progressão do número de fraturas cada vez mais expressivo5151. Stolnicki B, Oliveira LG. Para que a primeira fratura seja a última. Rev. Bras Ortop. 2016; 51(2):121-126. de forma que quanto maior a idade do paciente, maior é o risco de fraturas.

Conclusão

O perfil da assistência à fratura de fêmur em idosos no Estado do Paraná está associado à produção de riquezas, representada pelo PIB municipal idosos e pelo PIB per capita, induzindo ao entendimento de que fatores econômicos têm significativo papel na saúde da população, em especial, dos idosos. Em relação à eficiência do tratamento das fraturas de fêmur, há indicativos de que a presença de idosos longevos exerce influência sobre o fator.

Referências

  • 1
    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Projeções e estimativas da população do Brasil e das Unidades da Federação 2016. [acessado 2016 Dez 30]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/
    » http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/
  • 2
    Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). Caracterização do Território. Caderno Estatístico 2015 [acessado 2016 Ago 7]. Disponível em: http://www.ipardes.pr.gov.br/index.php?pg_conteudo=1&cod_conteudo=30
    » http://www.ipardes.pr.gov.br/index.php?pg_conteudo=1&cod_conteudo=30
  • 3
    Kernkamp CL, Costa CKF, Massuda EM, Silva ES, Yamaguchi MU, Bernuci MP. Perfil de morbidade e gastos hospitalares com idosos no Paraná, Brasil, entre 2008 e 2012. Cad Saúde Pública 2016; 32(7):1-13.
  • 4
    Soares DS, Mello LM, Silva AS, Martinez EZ, Nunes AA. Femoral fractures in elderly Brazilians: a spatial and temporal analysis from 2008 to 2012. Cad Saúde Pública 2014; 30(12):2669-2678.
  • 5
    Daniachi D, Netto Ados S, Ono NK, Guimarães RP, Polesello GC, Honda EK. Epidemiology of fractures of the proximal third of the femur in elderly patients. Rev Bras Ortop 2015; 27;50(4):371-377.
  • 6
    Franco LG, Kindermann AL, Tramujas L, Kock KS. Factors associated with mortality among elderly people hospitalized due to femoral fractures. Rev Bras Ortop 2016; 51(5):509-514.
  • 7
    Karademir G, Bilgin Y, Erşen A, Polat G, Buget MI, Demirel M, Balcı HI. Hip fractures in patients older than 75 years old: Retrospective analysis for prognostic factors. Int J Surg 2015; 24(Pt A):101-104.
  • 8
    Rosso F, Dettoni F, Bonasia DE, Olivero F, Mattei L, Bruzzone M, Marmotti A, Rossi R. Prognostic factors for mortality after hip fracture: Operation within 48 hours is mandatory. Injury 2016; 47(Supl. 4):S91-S97.
  • 9
    Moloney GB, Pan T, Van Eck CF, Patel D, Tarkin I. Geriatric distal femur fracture: Are we underestimating the rate of local and systemic complications? Injury 2016; 47(8):1732-1736.
  • 10
    Tarride JE, Burke N, Leslie WD, Morin SN, Adachi JD, Papaioannou A, Bessette L, Brown JP, Pericleous L, Muratov S, Hopkins RB. Loss of health related quality of life following low-trauma fractures in the elderly. BMC Geriatr 2016; (19):16-84.
  • 11
    Khow KS, Shibu P, Yu SC, Chehade MJ, Visvanathan R. Epidemiology and Postoperative Outcomes of Atypical Femoral Fractures in Older Adults: A Systematic Review. J Nutr Health Aging 2017; 21(1):83-91.
  • 12
    Zhu L, Jiang X, Sun Y, Shu W. Effect of hormone therapy on the risk of bone fractures: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Menopause 2016; 23(4):461-470.
  • 13
    Tyler W, Bukata S, O’Keefe R. Atypical femur fractures. Clin Geriatr Med 2014; 30(2):349-359.
  • 14
    Lucato P, Trevisan C, Stubbs B, Zanforlini BM, Solmi M, Luchini C, Girotti G, Pizzato S, Manzato E, Sergi G, Giannini S, Fusaro M, Veronese N. Nephrolithiasis, bone mineral density, osteoporosis, and fractures: a systematic review and comparative meta-analysis. Osteoporos Int 2016; 27(11):3155-3164.
  • 15
    Benetou V, Orfanos P, Feskanich D, Michaëlsson K, Pettersson-Kymmer U, Ahmed LA, Peasey A, Wolk A, Brenner H, Bobak M, Wilsgaard T, Schöttker B, Saum KU, Bellavia A, Grodstein F, Klinaki E, Valanou E, Papatesta EM, Boffetta P, Trichopoulou A. Education, marital status, and risk of hip fractures in older men and women: the CHANCES project. Osteoporos Int 2015; 26(6):1733-1746.
  • 16
    Reyes C, García-Gil M, Elorza JM, Fina-Avilés F, Mendez-Boo L, Hermosillo E, Coma E, Carbonell C, Medina-Peralta M, Ramos R, Bolibar B, Díez-Pérez A, Prieto-Alhambra D. Socioeconomic status and its association with the risk of developing hip fractures: a region-wide ecological study. Bone 2015; 73:127-131.
  • 17
    Curtis EM, van der Velde R, Moon RJ, van den Bergh JP, Geusens P, de Vries F, van Staa TP, Cooper C, Harvey NC. Epidemiology of fractures in the United Kingdom 1988-2012: Variation with age, sex, geography, ethnicity and socioeconomic status. Bone 2016; 87:19-26.
  • 18
    Oliveira CM, Alves SM, Pina MF. Marked socioeconomic inequalities in hip fracture incidence rates during the Bone and Joint Decade (2000-2010) in Portugal: age and sex temporal trends in a population based study. J Epidemiol Community Health 2016; 70(8):755-763.
  • 19
    Oliveira CM, Economou T, Bailey T, Mendonça D, Pina MF. The interactions between municipal socioeconomic status and age on hip fracture risk. Osteoporos Int 2015; 26(2):489-498.
  • 20
    Kristensen PK, Thillemann TM, Pedersen AB, Søballe K, Johnsen SP. Socioeconomic inequality in clinical outcome among hip fracture patients: a nationwide cohort study. Osteoporos Int 2016; 28(4):1233-1243.
  • 21
    Bassani DG, Corsi DJ, Gaffey MF, Barros AJ. Local distributions of wealth to describe health inequalities in India: a new approach for analyzing nationally representative household survey data, 1992-2008. PLoS One 2014; 30; 9(10).
  • 22
    Cielo ID, Schmidr CM, Wenningkamp KR. Políticas Públicas de Saúde no Brasil: Uma Avaliação do IDSUS no Estado do Paraná. DRD – Desenvolvimento Regional em Debate 2015; 5(1):211-220.
  • 23
    Mullachery P, Silver D, Macinko J. Changes in health care inequity in Brazil between 2008 and 2013. Int J Equity Health 2016; 17;15(1):140.
  • 24
    Geib LT. Social determinants of health in the elderly. Cien Saude Colet 2012; 17(1):123-33.
  • 25
    Oliveira TC, Medeiros, WR, Lima KC. Diferenciais sócio demográficos da mortalidade de idosos em idades precoces e longevas, Revista Baiana de Saúde Pública 2015; 39(2); 249-261.
  • 26
    Costa, JL, Gonçalves, MD, A extrema vulnerabilidade na transição dos cuidados hospitalares para o domicílio. Uma análise sobre determinantes sociais de saúde. Lusíada. Intervenção Social 2015; 42(45):175-189.
  • 27
    RUBIN L. Social Determinats of Health. In: Rubin L, Merrick j, Greydanus DE, Patel DR, organizadores. Health Care for People with Intellectual and Developmental Disabilities across the Lifespan Suiça: Springer, 2016, p. 1919-1932, 2016.
  • 28
    Brasil. Ministério da Saúde. Portal da Saúde – DATASUS. Informações de Saúde. Tabnet [Internet]. 2008-2013 [acessado 2015 Maio 04]. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php
    » http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php
  • 29
    Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). Indicadores [Internet]. 2008-2013 [acessado 2015 Out 13]. Disponível em: http://www.ipardes.gov.br/index.php?pg_conteudo=1&cod_noticia=701
    » http://www.ipardes.gov.br/index.php?pg_conteudo=1&cod_noticia=701
  • 30
    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. [Internet] Histórico Infográgico [acessado 2016 Ago 07]. Disponível em: http://ibge.gov.br/cidadesat/painel/historico.php?lang=&codmun=412627&search=parana|saudade-do-iguacu|infograficos:-historico
    » http://ibge.gov.br/cidadesat/painel/historico.php?lang=&codmun=412627&search=parana|saudade-do-iguacu|infograficos:-historico
  • 31
    Johson RA, Wichern DW. Applied Multivariate Statistical Analysis. In: Matrix Algebra and Randon Vectors. New Jersey: Prentice Hall; 1982. p. 49-103.
  • 32
    Stokes ME, Davis CS, Koch GG. Categorical data analysis using SAS system USA: SAS Institute Inc. 2000.
  • 33
    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE [Internet]. Produto Interno Bruto dos Municípios [acessado 2016 Dez 30]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/pibmunicipios/2010_2013/default.shtm
    » http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/pibmunicipios/2010_2013/default.shtm
  • 34
    Barbosa OC, Nascimento SP, Dalmas JC. Uma Análise das condições de saúde nos municípios paranaense. Rev. Economia & Região 2015; 1(2):47-71.
  • 35
    Kernkamp CL, Costa CKF, Massuda EM, Silva ES, Yamaguchi, MU, Bernuci, MP. Perfil de morbidade e gastos hospitalares com idosos no Paraná, Brasil, entre 2008 e 2012. Cad Saúde Pública 2016; 32(7):1-14.
  • 36
    Bortolon PC, Andrade CLT, Andrade CAF. O perfil das internações do SUS para fratura osteoporótica de fêmur em idosos no Brasil: uma descrição do triênio 2006-2008. Cad Saúde Pública 2011: 27(4):733-42.
  • 37
    Preston SH. The Changing Relation between Mortality and Level of Economic. Development Population Studies 1975: 29(2):231-48.
  • 38
    Pelegrini ML, Castro JD. Expectativa de vida e gastos públicos em saúde. Análise Econômica 2012; 30(n. especial):97-107.
  • 39
    Organização Mundial da Saúde (OMS). Comissão para os Determinantes Sociais da Saúde - CDSS (2010). Redução das desigualdades no período de uma geração. Igualdade na saúde através da acção sobre os seus determinantes sociais Relatório Final. Portugal: OMS; 2010.
  • 40
    Hajebi, E, Javad, RM. Effect of Income Inequality on Health Status in a Selection of Middle and Low Income Countries. Equilibrium. Quarterly Journal of Economics and Economic Policy 2014; 9(3):133-152.
  • 41
    Carvalho, AI. Determinantes sociais, econômicos e ambientais da saúde. In: Fundação Oswaldo Cruz, organizador. A saúde no Brasil em 2030 - prospecção estratégica do sistema de saúde brasileiro: população e perfil sanitário Rio de Janeiro: Fiocruz/Ipea/Ministério da Saúde/Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 2013. v. 2, p. 19-38.
  • 42
    Rosado PL, Rossato MV, Lima JE. Análise do Desenvolvimento Socioeconômico das Microrregiões de Minas Gerais. Revista Econômica do Nordeste 2009: 40(2). p.297-310.
  • 43
    Organization for Economic Co-operation and Development - OECD. Growing Unequal? Income distribution and poverty in OECD countries Geneva: OECD 2008.
  • 44
    Brasil. Ministério da Saúde (MS). Gestão Financeira do Sistema Único de Saúde - Manual Básico Brasília: MS; 2003.
  • 45
    van Deurzen I, van Oorschot W, van Ingen E (2014) The Link between Inequality and Population Health in Low and Middle Income Countries: Policy Myth or Social Reality? Plows One 2014; 9(12):1-22.
  • 46
    Buss PM, Pellegrini Filho A. Iniquidades em saúde no Brasil, nossa mais grave doença: comentários sobre o documento de referência e os trabalhos da Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde. Cad Saúde Pública 2006; 22(9):2005-2008.
  • 47
    Jakubowska A, Horváthová. Economic Growth and Health: a Comparative Study of the EU Countries, Economics and Sociology 2016 (3):158-168.
  • 48
    Pop IA, van Ingen E, van Oorschot W. Inequality, Wealth and Health: Is Decreasing Income Inequality the Key to Create Healthier Societies? Soc Indic Res (2013):113: 25.
  • 49
    Husain, MJ. Revisiting the Preston Curve: An Analysis of the Joint Evolution of Income and Life Expectancy in the 20th Century [Internet], USA: Keele Univesity, 2011. [acessado 2015 Out 13]. Disponível em: https://www.keele.ac.uk/media/keeleuniversity/ri/risocsci/docs/economics/workingpapers/LeY_KeeleEconWP_JamiHusain.pdf
    » https://www.keele.ac.uk/media/keeleuniversity/ri/risocsci/docs/economics/workingpapers/LeY_KeeleEconWP_JamiHusain.pdf
  • 50
    Krueger PM, Dovel, K, Denney, JT. Democracy and Self-Rated Health across 67 Countries: A Multilevel Analysis. Soc Sci Med. 2015 Oct; 143: 137–144.
  • 51
    Stolnicki B, Oliveira LG. Para que a primeira fratura seja a última. Rev. Bras Ortop. 2016; 51(2):121-126.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan 2019

Histórico

  • Recebido
    10 Nov 2016
  • Revisado
    27 Mar 2017
  • Aceito
    29 Mar 2017
ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva Av. Brasil, 4036 - sala 700 Manguinhos, 21040-361 Rio de Janeiro RJ - Brazil, Tel.: +55 21 3882-9153 / 3882-9151 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: cienciasaudecoletiva@fiocruz.br