Resumo
O objetivo deste artigo é avaliar a prevalência de hipertensão arterial autorreferida em adultos de 20-59 anos, identificar os fatores associados, o uso dos serviços de saúde e as práticas de controle da doença segundo posse ou não de plano de saúde. Estudo transversal de base populacional realizado em Campinas-SP, em que foram analisados 957 adultos. A prevalência de hipertensão arterial autorreferida foi de 14,1%, revelando-se mais elevada em mulheres, em indivíduos com ≥ 40 anos, nos que se declararam de cor preta, com menor escolaridade, nos inativos no lazer, ex-fumantes, naqueles com sobrepeso ou obesidade, nos que relataram duas ou mais doenças e que autoavaliaram a saúde como não sendo excelente/muito boa. Não foram detectadas desigualdades entre hipertensos cobertos por planos de saúde e os SUS dependentes quanto ao acesso ao serviço, uso de medicamentos para controle da doença e ser orientado sobre os cuidados com a doença, mas houve diferenças quanto a prática de atividade física e o uso de dieta. Apesar da equidade revelada quanto ao acesso à atenção à saúde, é incipiente a proporção de adultos que adota mudanças no estilo de vida para o controle da doença, reafirmando o papel central da gestão das políticas de saúde, que precisam trabalhar intersetorialmente
Palavras-chave Hipertensão; Saúde do adulto; Inquéritos epidemiológicos; Grupos populacionais