Resumo
Os Agentes Comunitários de Saúde possuem papel fundamental para o atendimento à população. Devido à complexidade de funções e situações que são expostos podem apresentar problemas emocionais. O objetivo deste artigo foi verificar a prevalência dos sintomas de ansiedade e a associação com os fatores sociodemográficos e ocupacionais entre agentes comunitários de saúde. Estudo transversal, populacional, no qual utilizou-se o Inventário de Ansiedade Traço Estado (IDATE- Traço e IDATE-Estado) e um questionário sobre as condições sociodemográficas e ocupacionais. Realizou-se análises descritivas e de regressão múltipla de Poisson com variância robusta, considerando um nível de significância de 5% (p<0,05) para o modelo final. Foram avaliados 673 agentes comunitários de saúde, a prevalência dos sintomas de ansiedade no IDATE-estado foi de 47,4% e no IDATE-traço, 42,4%. O tempo de trabalho acima de cinco anos esteve associado ao IDATE-estado (p<0,001) e ao IDATE-traço (p=0,018), o sexo feminino ficou associado ao IDATE-traço (p=0,011). Verificou-se alta prevalência de sintomas de ansiedade entre os agentes comunitários da saúde. Há necessidade de estratégias que visem a promoção, proteção, monitoramento da saúde mental desses trabalhadores, reduzindo os transtornos de ansiedade.
Palavras-chave:
Ansiedade; Agentes Comunitários de Saúde; Saúde do trabalhador; Atenção Primária à Saúde