Resumo
O objetivo deste estudo foi descrever os fatores de risco cardiovascular em pacientes HIV/AIDS de acordo com o esquema terapêutico utilizado. Estudo de Coorte retrospectiva no período de 2002 a 2014. Foram levantadas variáveis clínicas e esquema de tratamento de 538 indivíduos. Utilizaram-se medidas de tendência central, e regressão marginal logística para verificar a influência do esquema de tratamento sobre variáveis clinicas ao longo do tempo. Dos pacientes, 56,2% eram homens, 82,2% brancos, 33,8% tinham entre 4 a 7 anos de estudo, 49,2% eram casados, 98,5% tiveram transmissão sexual e 89,0% eram heterossexuais. A idade média no diagnóstico foi de 36,3 anos. Durante o período de estudo, 24,4% hipertensão arterial, 18,2% colesterol alterado, 39,7% HDL baixo, 51,3% triglicerídeos elevados e 33,3% hiperglicemia. Os esquemas de tratamento com Inibidores da transcriptase reversa nucleotídeos associados a inibidores da protease, e a associação de diferentes classes de antirretrovirais estiveram associados a maiores alterações lipídicas e maiores alterações metabólicas com maior tempo de tratamento. Conclui-se que medidas preventivas, bem como tratamento precoce pode contribuir para minimizar os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Síndrome de imunodeficiência adquirida; Terapia antirretroviral potente; Fator de risco cardiovascular