O ambiente urbano influencia a saúde e os comportamentos humanos, sendo necessário um melhor entendimento dos determinantes da saúde das populações que vivem nas cidades. A partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2008, usando modelos logísticos ordinais incorporando o plano amostral, o presente artigo avalia a associação entre a área de localização do domicílio (urbana e rural) e o estado de saúde autorreferido da população adulta brasileira, controlando para um conjunto de fatores individuais e do ambiente intradomiciliar e extradomiciliar. Os resultados indicam que ao controlar por fatores individuais e ambientais, a associação entre a área de localização do domicílio e o estado de saúde autorreferido dos adultos se modifica (passando de OR=1,51 para OR=0,96) e perde a sua significância estatística (p-valor=0,208). Entretanto, foram observadas interações estatisticamente significantes entre a área de localização do domicílio e as seguintes variáveis: sexo, cor/raça, morbidade autorreferida, posse de bens básicos e percentual de domicílios adequados quanto a qualidade de moradia.
Estado de saúde autorreferido; Área de localização do domicílio; Modelo de regressão logística ordinal