Responsável clínico |
“se existisse um clínico para poder gerenciar esses encaminhamentos de especialidade acho que reduziria muito a quantidade de consultas desnecessárias. [...] evitaria que o especialista ficasse investigando uma coisa que já era para [...] aprofundar o tratamento dele [paciente]” (M7-AE). “Olhe [...] na maioria dos casos, ou seja, 85-90% deveria ser o médico da assistência básica, [...], o responsável por tudo isso” (M2-APS). “Eu acho que o responsável mesmo seria o da APS, porque ele vai ver o paciente como um todo. vai receber as informações das outras especialidades que forem necessárias” (M4-AE). “Veja a gente aqui [...], no PSF a gente sempre trabalha em equipe, a gente não tem isso de [...] Assim, o médico dá o diagnóstico, mas ele precisa do NASF, ele precisa da gente, das enfermeiras, dos técnicos, dos dentistas [...] Um atendimento, ele não é um paciente do médico, ele é um paciente de todos nós” (E2-APS). |
Problemas na gestão clínica |
“Sinceramente, eu não sei [...] Um grande número de pacientes não traz exame nenhum. [...] eles dizem que não foi nem solicitado.... Outros, o médico [APS] solicita para fazer o acompanhamento lá, e, quando, não sei quem consegue o encaixe para cá [AE], o exame não foi nem feito, porque... ele seria visto pelo profissional de lá [APS] que já acompanha direitinho [...]. [...] é completamente embaralhado... Assim, tu pergunta como é a coordenação? realmente [...] não faço a mínima idéia! Porque é tudo descoordenado [...] É desarrumado mesmo, não tem” (M6-AE). “[...] eu noto que há coisas que tem que ter [...] uma harmonia muito completa entre a medicina básica e a... mais específica [...] E teria que funcionar em vários pontos, não adianta um só funcionar e o outro não..., aí gera uma dificuldade grande porque começa a descaracterizar o serviço. O serviço que funciona, passa a absorver tudo e começa a descaracterizar o papel que ele começou” (M7-AE). |
Problemas na gestão administrativa |
“Porque eles [pacientes] estão tendo muita dificuldade de marcação de exames...temos pacientes demorando meses para conseguir fazer” (E1-APS). “O problema é que o resultado (do exame) demora muito. Às vezes demora assim, às vezes um mês, tem paciente aqui que já veio buscar não sei quantas vezes e não conseguiu” (E3-AE). “[...] eles [gestores] teriam que enxugar o [Centro Especializado]. Vamos pegar esses pacientes e entregar na atenção primaria! Eles não fazem isso, os pacientes hipertensos lá [AE] drogas que o médico [APS] pode prescrever. [...] tem que pegar pacientes que realmente precisem de endócrino, com diabetes complicados [...] a gestão é para isso...tem que estar unindo secundaria com primaria, [...] a gestão também é culpada se não existe isso... e a gente não pode chegar e pedir ao colega: ô vamos marca reunião” (M1-APS). “[...] acho que isso tudo foi feito antes. Certinho, a gente viu a comunicação e suspenderam isso. Política da prefeitura, não foi a gente não. [...] Foram extintos os postos que eles (pacientes) podiam ser atendidos... agora não conseguem marcar, então por isso essa grande demanda para cá... [Centro Especializado]” (M8-AE). “[...] Então assim, é uma sobrecarga muito grande, o sistema [Sisreg], as vagas que disponibiliza lá não da conta é uma única funcionaria para isso, [...] tem um monte de pastas e de pacientes de seis, sete meses para especialista [...]. Existe uma clientela muito grande, então, que usa essa pequena cota de exames” (E1-APS). “[...] a gente já vem com um número de pacientes fixo grande. E está aumentando e o número de médico não aumenta. [...] Nem de enfermagem para dar esse apoio a gente” (M5-AE). “Chegou agora o Sisreg ... para regular a nossa referência. E como eu chamo, às vezes é uma, uma fila virtual,... mas, eu acho que tem melhorado, ela ainda não é perfeita, para mandar para o especialista às vezes você demora dois, três, cinco, quatro, seis meses,....” (E2-APS). |
Problemas na coordenação de informação |
“[...] eles encaminham às vezes com [...] o que tem de contato, a historinha do paciente e a intercorrência que ela está sentindo, “paciente tá precisando controlar melhor a pressão, está com os pés inchados”. Essas coisas ela [APS] dá, desse encaminhamento informando é o que tem. Basicamente isso” (M5-AE). “Não existe comunicação [...] Só quando a gente manda para um colega conhecido, [...] é meu amigo aí eu mandei ele me dar um retorno, mas quando a gente manda tudo no papelzinho bonitinho não” (M1-APS). |