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Transtorno mental comum em mulheres adultas: identificando os segmentos mais vulneráveis

Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar os fatores socioeconômicos e demográficos, os comportamentos e as morbidades associados ao transtorno mental comum em mulheres adultas. Trata-se de um estudo transversal de base populacional com amostra por conglomerados. Foram analisadas 848 mulheres por inquérito domiciliar realizado em Campinas, em 2008/2009. Foi usado o instrumento Self-Reporting Questionnare (SRQ-20) para avaliar o transtorno mental comum. Foram estimadas razões de prevalências por meio de regressão múltipla de Poisson em modelo hierárquico de três etapas, considerando as ponderações relativas ao desenho amostral. A prevalência de transtorno mental comum foi de 18,7%. O modelo hierárquico evidenciou que mulheres mais velhas, com baixa escolaridade, donas de casa, separadas ou viúvas, que não consumiam frutas/verduras/legumes diariamente, dormiam seis ou menos horas por noite, apresentavam várias doenças crônicas e problemas de saúde e com relato de algum tipo de violência foram mais vulneráveis ao transtorno mental comum e, por isso, devem ser tratadas com prioridade pelos serviços de saúde. Diagnosticar precocemente mulheres com transtorno mental comum, bem como acompanhá-las e tratá-las, contribuem para reduzir os impactos na qualidade de vida feminina.

Saúde da mulher; Transtornos mentais; Saúde mental; Prevalência; Inquéritos epidemiológicos

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