Resumo
O artigo apresenta um balanço da política brasileira de controle do tabaco de 1986 a 2016, baseando-se em contribuições dos referenciais da economia política e da análise de políticas públicas. A institucionalização do controle do tabaco no país foi marcada por mudanças mais gerais da política de saúde e por eventos específicos relacionados ao tema. A liderança brasileira no cenário internacional, a sólida estruturação da Política Nacional de Controle do Tabaco e o papel da sociedade civil e dos meios de comunicação contribuíram para o sucesso do controle do tabaco no Brasil. No entanto, persistem desafios relacionados à diversificação de produção em áreas plantadas de fumo, ao comércio ilícito, à interferência da indústria do fumo e à sustentabilidade da Política. O estudo reforça a relevância de serem consideradas, na análise de políticas de saúde complexas, as relações entre contexto internacional e nacional e a articulação entre diferentes setores e atores governamentais e não governamentais. A continuidade e a consolidação da política de controle do tabaco dependem da persistência de um marco institucional amplo que norteie a atuação do Estado na proteção social, consoante com as diretrizes do Sistema Único de Saúde.
Programa Nacional de Controle do Tabagismo; Tabaco; Políticas públicas de saúde
Fonte: Elaborada pelos autores com base no relatório geral de acompanhamento da CQCT de 20161e relatórios nacionais de implantação da CQCT2. 1. WHO Framework Convention on Tobacco Control. 2016 global progress report on implementation of the WHO Framework Convention on Tobacco Control. 2016. 2. WHO FCTC Implementation Database [Internet]. [citado 30 de outubro de 2017]. Disponível em: http://apps.who.int/fctc/implementation/database/
Fonte: Elaborada pelos autores.
Fonte: Elaborada pelos autores.
Fonte: Dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Câncer.
Fonte: Dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Câncer.