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Reforma psiquiátrica e inclusão social pelo trabalho

Psychiatric reform and social inclusion for work

Este estudo busca compreender a relação entre trabalho, adoecimento mental e reabilitação psicossocial a partir da narrativa de pessoas portadoras de transtorno mental e usuárias de substâncias psicoativas sobre o sentido do trabalho. O estudo ocorreu em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da cidade de Goiânia (GO), do qual participaram oito pessoas adultas e de ambos os sexos, que traziam o trabalho como algo importante em suas vivências. Utiliza-se de metodologia qualitativa e exploratória, por meio da realização de grupo focal. Para o tratamento dos dados, utiliza-se a análise temática. Os resultados apontam os sentidos do trabalho enquanto existencialização e identidade social, autonomia e sociabilidade. Na interface com a saúde mental, o trabalho surge como protetor e/ou adoecedor mental. Os processos de exclusão social dos participantes ocorrem através da dificuldade de acesso à seguridade social relacionada ao trabalho e ao preconceito social vivido na tentativa de ingresso ao mundo do trabalho. Enquanto possibilidade de (re) inserção social, o estudo mostrou que os CAPS têm dificuldades em propor alternativas de inclusão pelo trabalho, apesar da melhoria de vida promovida pelo acompanhamento psicossocial.

Trabalho; Reforma psiquiátrica; Inclusão social


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