Resumo
A Amazônia tem passado por um intenso processo de urbanização em anos recentes, produzindo transformações na organização espacial da região que podem estar refletindo no padrão espaço temporal da malária urbana. O objetivo deste trabalho é compreender como o processo de produção do espaço urbano do município de Porto Velho-RO, tem corroborado para a ocorrência e manutenção da malária urbana. Os dados levantados no Sistema de Vigilância Epidemiológica (SIVEP-Malária) possibilitaram o cálculo do Índice Parasitário Anual (IPA) de malária para os bairros da cidade de Porto Velho dos anos de 2005 a 2018 e a construção de duas tipologias da paisagem do espaço urbano. A primeira considerou o processo de produção do espaço urbano de Porto Velho; a segunda se baseou nas condições de receptividade para o vetor da malária. A ocorrência da malária em Porto Velho vem declinando de forma diferenciada ao longo do território, havendo uma tendência de permanência nas áreas periurbanas com maior densidade de vegetação e hidrografia.
Palavras-chave:
Malária Urbana; Vigilância em Saúde; Análise Espacial; Porto Velho; Amazônia